domingo, 1 de novembro de 2015

Mudei eu, ou mudaram os que me lêm?



Interessante que, quando há tempos atrás, eu comentava ou criticava a administração de Lula e as peripécias fraudulentas dele e de seu partido, era taxado de defensor do PSDB (Coisa que  nunca fui. Sou sim, contra corrupção em todo e qualquer partido.) e enchiam minhas postagens de ataques a FHC, Serra, Aécio e Alckmin, era rotulado de ultra-direitista (Que é isso?), de sem noção, arrogante, de cuspir no prato em que comia (Não entendia porque), que precisava revisar meus pensamentos e argumentos.

A tal ponto isso chegou que passei entender que o Facebook se prestava apenas a  comentários insossos ou água com açúcar e para postagens de fotos de auto-enaltecimento, normalmente fazendo biquinhos, ou para  exibição desenfreada das vaidades e do exibicionismo orgulhoso  e desenfreado (A repetição foi intencional) de cada um.

Agora aqueles mesmos que me criticavam, fazem comentários e alegações que nada mais são que aquelas minhas lá daqueles tempos, apenas atualizadas nas partes onde citam valores e cifras desviadas ou aquilo que a corrupção consumiu. Fazem colocações duras contra o mesmo senhor a quem defendiam com unhas e dentes lá naquela época. Enchem de citações de jornais, especialistas e juristas, para destacar o enfoque sério de seus comentários e suas acusações.

Aí fico pensando nesse tempo todo, desde aquela época, o quanto deve ter sido desviado para só agora tomarem ciência de que a corrupção foi sim a grande marca do Partido dos Trabalhadores.

Não que a corrupção seja coisa apenas do PT, e isso eu nunca afirmei, mas que esse partido a institucionalizou e a levou a todos os níveis. Desde o mais alto escalão do governo, desde o presidente de uma empresa estatal até ao guarda noturno (Não tenho nada contra guardas noturno) lá da nossa esquina, isso sim ele fez.

E com maestria.

Não sei se essa maestria foi tamanha que os tenham feito mudar e alterar o discurso, passando a atacar seus antigos defendidos. Caso tenha sido isso, começo a entender que talvez não seja um acaso. O ocaso do chefão maior do PT está sendo tão brilhante (Se é que podemos ter um ocaso brilhante) que ao chamar a atenção das pessoas, terminou  mostrando suas mazelas e seus defeitos a tal ponto que acabou exibindo a todos a malícia e o mau caráter do ex-presidente.

Antes tarde do que nunca.

Aí comecei a me perguntar: Mudei eu, ou mudaram os que me lêm?

Está aí uma pergunta que ainda não sei responder.



Eli dos Reis,

de Ribeirão Preto.


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