quarta-feira, 30 de março de 2011

Filosofia Volvo

Este artigo eu encontrei no site da Universidade para a qual presto serviços, no Ambiente de Aprendizagem do Curso de Graduação de Gestão de Recursos Humanos, num fórum de compartilhamento e troca de experiências. Acessado pela última vêz nesta quarta feira, 30 de março, às 21h56min.

Uma aluna de Bauru, no Estado de São Paulo, resolveu mostrar o que achou muito interessante. Eu o li umas três vezes em dias alternados e a cada vêz que o fazia achava ainda mais interessante, não só pelo artigo em si, mas ainda mais, pelas diferenças entre a nossa sociedade e a do país a que se refere o autor, no caso a Suécia.
Vejam que interessante:

Filosofia Volvo
Texto escrito por um brasileiro que vive na Europa e trabalha na Volvo.


"Pare de correr porque o fim chega mais depressa."

  

" Já vai para 18 anos que estou aqui na Volvo, uma empresa sueca. 
 
Trabalhar com eles é uma convivência, no mínimo, interessante. 
Qualquer projeto aqui demora 2 anos para se concretizar, mesmo que a idéia  seja brilhante e simples. É regra. Então, nos processos globais, nós brasileiros, americanos, australianos, asiáticos; ficamos aflitos por  resultados imediatos, uma ansiedade generalizada. Porém, nosso senso de urgência não surte qualquer efeito neste prazo.

Os suecos discutem, discutem, fazem "n" reuniões, ponderações. E trabalham  num esquema bem mais "slow down". O pior é constatar que, no final, acaba 
sempre dando certo no tempo deles, com a maturidade da tecnologia e da  necessidade: bem pouco se perde aqui.

E vejo assim:

  • 1. O país é do tamanho de São Paulo;
  • 2. O país tem 2 milhões de habitantes;
  • 3. Sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes (compare com  Curitiba, que tem 2 milhões);
  • 4. Empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson, Electrolux, ABB,  Nokia, Nobel Biocare... Nada mal, não?
  • 5. Para ter uma idéia, a Volvo fabrica os motores propulsores para os foguetes da NASA.
Digo para os demais nestes nossos grupos globais: os suecos podem estar  errados, mas são eles que pagam nossos salários.
Entretanto, vale salientar que não conheço um povo, como povo mesmo, que  tenha mais cultura coletiva do que eles.

Vou contar para vocês uma breve só para dar noção:

A primeira vez que fui para lá, em 90, um dos colegas suecos me pegava no  hotel toda manhã. Era setembro, frio, nevasca. Chegávamos cedo na Volvo e ele estacionava o carro bem longe da porta de entrada (são 2.000  funcionários de carro). No primeiro dia não disse nada, no segundo, no terceiro... Depois, com um pouco mais de intimidade, numa manhã, perguntei: "Você tem lugar demarcado para estacionar aqui? Notei que chegamos cedo, o estacionamento vazio e você deixa o carro lá no final." 

Ele me respondeu simples assim: "É que chegamos cedo, então temos tempo de  caminhar - quem chegar mais tarde já vai estar atrasado, melhor que fique 
mais perto da porta. Você não acha?". 

Olha a minha cara! Ainda bem que tive esta na primeira. Deu para rever bastante os meus conceitos. 

Há um grande movimento na Europa hoje, chamado Slow Food.
A Slow Food  International Association - cujo símbolo é um caracol, tem sua base na Itália (o site, é muito interessante. Veja-o!). 

O que o movimento Slow Food prega é que as pessoas devem comer e beber  devagar, saboreando os alimentos, "curtindo" seu preparo, no convívio com a 
família, com amigos, sem pressa e com qualidade. 
A idéia é a de se contrapor ao espírito do Fast Food e o que ele representa como estilo de vida em que o americano endeusificou. 

A surpresa, porém, é que esse movimento do Slow Food está servindo de base  para um movimento mais amplo chamado Slow Europe como salientou a revista Business Week numa edição européia. 

A base de tudo está no questionamento da "pressa" e da "loucura" gerada pela globalização, pelo apelo à "quantidade do ter" em contraposição à  qualidade de vida ou à "qualidade do ser". 

Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses, embora trabalhem menos horas (35 horas por semana) são mais produtivos que seus colegas  americanos ou ingleses. 

E os alemães, que em muitas empresas instituíram uma semana de 28,8 horas de trabalho, viram sua produtividade crescer nada menos que 20%. 

Essa chamada "slow atitude" está chamando a atenção até dos americanos,  apologistas do "Fast" (rápido) e do "Do it now" (faça já). 

Portanto, essa "atitude sem pressa" não significa fazer menos, nem ter menor produtividade. Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais "qualidade" e "produtividade" com maior perfeição, atenção aos detalhes e com menos "stress". 

Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do "local", presente e concreto em contraposição ao "global" - indefinido e anônimo.
Significa a retomada dos  valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé. 
Significa um ambiente de trabalho menos coercitivo, mais alegre, mais  "leve" e, portanto, mais produtivo onde seres humanos, felizes, fazem com prazer, o que sabem fazer de melhor. 

Gostaria que você pensasse um pouco sobre isso... 
Será que os velhos ditados "Devagar se vai ao longe" ou ainda "A pressa é inimiga da perfeição" não merecem novamente nossa atenção nestes tempos de desenfreada loucura? 
Será que nossas empresas não deveriam também pensar em programas sérios de "qualidade sem pressa" até para aumentar a produtividade e qualidade de nossos produtos e serviços sem a necessária perda da "qualidade do ser"? 

No filme "Perfume de Mulher", há uma cena inesquecível, em que um personagem cego, vivido por Al Pacino, tira uma moça para dançar e ela responde:
-  "Não posso, porque meu noivo vai chegar em poucos minutos." 

- "Mas em um momento se vive uma vida" - responde ele, conduzindo-a num passo de tango. 
E esta pequena cena é o momento mais bonito do filme. 

Algumas pessoas vivem correndo atrás do tempo, mas parece que só alcançam  quando morrem enfartados, ou algo assim. 

Para outros, o tempo demora a passar; ficam ansiosos com o futuro e se  esquecem de viver o presente, que é o único tempo que existe. 

Tempo, todo mundo tem, por igual! 
Ninguém tem mais nem menos que 24 horas por dia.
A diferença é o que cada um faz do seu tempo. Precisamos saber aproveitar cada momento, porque, como disse John Lennon:
- "A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos  planos para o futuro"... 

Legal  ter lido até o final!
 
Muitos não lerão esta mensagem até o final, porque não podem "perder" o  seu tempo neste mundo globalizado.
 
DIVULGUEM AOS AMIGOS !! "



É o que estou fazendo agora: Divulgando uma reflexão muito importante, e acho que todos deveriam fazer a sua, se ainda não fizeram...
Então que pensemos e repensemos o nosso dia-a-dia.

Vamos começar o nosso "Slow-qualquer-coisa" agora?
Então, vamos lá...


Eli dos Reis

segunda-feira, 14 de março de 2011

NÃO FOI UMA NEM DUAS VÊZES.




Não foi uma nem duas vezes, foram várias as vezes em que me senti assim.
Diante de acontecimentos que causam stress a nós seres humanos, experimentei sentimentos também humanos: apreensão, revolta, desânimo ou preocupação em demasia. Afinal quem não fica assim? Ficamos mas não deveríamos.

O ensinamento é bastante claro, senão vejamos:

Ouvi-me, vós que conheceis a justiça, vós, povo, em cujo coração está a minha lei; não temais o opróbrio dos homens, nem vos turbeis pelas suas injúrias.
Isaías, 51, 07.

Conhecemos a justiça, é verdade, mas nas horas em que estamos aflitos, pronto agimos como se nada soubéssemos. Às vezes até, depois de passado o motivo da preocupação e tendo o caso sido resolvido, nos sentimos meio idiotas por termos ficado naquele estado de aflição, se sabíamos que Ele estaria cuidando do caso e tudo voltaria ao normal.

No recente episódio do furto de meu Passat, fiquei apreensivo, mas não deveria ter ficado.

Eu sei, não deveria, mas fiquei.

Se bem que desta vez, ainda que tenha ficado apreensivo e aflito, no meu interior estava em paz durante o período em que o veículo esteve nas mãos indevidas. Não sabia como seria o final da estória, se o encontraria depenado, se nunca mais o veria, mas estava em paz. Só pedindo a Deus em pensamento uma forma de substituí-lo e poder continuar em atividade nos afazeres diários.

Pela manhã os policiais que elaboraram o Boletim de Ocorrência, já tinham sido enfáticos quanto ao destino dele.
Pois bem, querem saber o final?

No início da noite da Quarta Feira, recebi um telefonema de outro policial informando ter sido encontrado um veículo com todas as características do que constava no BO do meu caso, me pedindo que me dirigisse à Delegacia do 2º. DP nos Campos Elíseos, na Praça Santo Antonio.
Depois de um tempo de espera, chega meu carro sendo dirigido pelo policial que foi até o local indicado por um telefonema dizendo ter sido abandonado ali um carro.

No ato da entrega o mesmo me disse:

- Senhor Eli, eu não sei o que aconteceu, mas além do fato de terem levado seu carro, parece que não fizeram nada com ele. Vá conferi-lo.

Fui, e constatei o que ele dissera. Não tinham feito nada além de quebrarem a fechadura do porta-malas para abri-lo em busca da chave de rodas, que foi largada sobre o banco do acompanhante dentro co carro.

Ele foi mais enfático:

- Não sei por que, mas este foi o primeiro carro de fatos idênticos ao seu que foi recapturado desse jeito: inteiro. Todos os que atendi até agora, pelo menos as rodas e os pneus foram tirados. Mas, na média de casos, nós somente recapturamos a lataria sem mais nada.

Eu disse ao agente da lei que sabia o motivo do carro estar assim:
Fui atendido em meus pedidos para que o pudesse encontrar em ordem.
Pedi, também, misericórdia aos elementos que fizeram isso, e que eles pudessem se convencer que o caminho que tomaram os afasta cada vez mais da justiça a que se refere o versículo que citei acima.

Durante o tempo em que eles estiveram com a posse do Passat, andaram mais de 60 quilômetros e o deixaram tremendamente imundo, sujo de barro por dentro e por fora, inclusive no porta malas e com o mesmo arrombado. Foi recapturado sem alguns poucos objetos que estavam em seu interior e sem o CRLV, o documento de porte obrigatório para poder trafegar. Só isso.

Por isso sempre digo que estou bem graças a Deus, de quem sempre recebo bem mais do que possa merecer.

Até a próxima postagem.


Eli dos Reis

quarta-feira, 9 de março de 2011

CARNAVAL INESQUECÍVEL...



Somente agora pela manhã nesta quarta feira, 09 de março de 2011, sete dias após meu aniversário, recebi meu grande presente, talvez o maior de todos:

Furtaram meu Passatão, nome carinhoso pelo qual aqui em casa chamávamos meu VW Passat 1.980, mantido na cor Cinza original, que já há vários tempos eu vinha cuidando e arrumando.


 

Eu o conheci durante o tempo em que residi na cidade de Jaú, cujo anterior dono era um amigo que lá ainda reside e que o manteve durante quase quinze anos até a data em que o comprei, trazendo-o aqui para Ribeirão Preto, o que fez de mim o terceiro ou o quarto dono, não tenho certeza.

Parece uma coisa pequena, sem importância, mas esse furto acaba de fazer o carnaval que para mim nunca serviu de nada, além de uns dias de descanso, passar a ser um
Carnaval Inesquecível...

Levaram meu amigão, que além do prazer de possuir um carro antigo, bem conservado, e que a todos se fazia notado, me dava o transporte a todos os pontos da cidade e região com constância, pois, o usava para trabalhar.

Para o policial que me atendeu nas providencias de praxe nos casos como esse, será usado para tirarem dele o que tiver de valor, as rodas de liga leve, os quatro pneus novos e mais alguma coisa de valor que, na visão dos que o levaram, sirva para ser usado na compra de coisas que os satisfaçam.

Você que está lendo este desabafo deve estar pensando na possibilidade de eu ter segurado ele. Minha resposta imediata: Não.

E não que não tivesse pensado nisso, é que o preço seria tão grande, talvez até mais caro que ele.
O mais desagradável desta estória toda, é saber que no momento, além da perda material, não terei condição de comprar outro para meus deslocamentos constantes a trabalho.

Ainda segundo o mesmo policial, talvez seja abandonado em algum canavial da nossa região, depois de o depenarem.
Triste fim para meu sonho de ter um carro antigo, original, bem cuidado...

Um feriadão que acaba ficando inesquecível por ter um sonho despedaçado jogado e abandonado no meio de uma plantação não se sabe onde.

Coisas deste um mundo que samba feito doido, aloprado, numa festa desordenada, tresloucada, para depois de uns dias dizerem que foi uma coisa incrível, inesquecível.

Muitos passaram uns dias andando pela avenida. Eu começo a andar agora.

É a vida...


Eli dos Reis

domingo, 6 de março de 2011

VOEMOS MAIS ALTO!



Estive fora deste Blog por uns dias de muita atividade nos trabalhos que venho desempenhando atualmente. Seja na atividade comercial, durante o dia, seja durante a noite, no Pólo Ribeirão Preto da Universidade Metodista de São Paulo, onde presto tutoria presencial em quatro turmas de alunos, quatro noites por semana.

Este tempo “fora do ar” ocorreu coincidentemente após uma pregação muito edificante a que assisti e que me interessou muitíssimo. Em suas palavras o Pastor, Juvêncio Borges Silva é o seu nome, procurava nos fazer refletir sobre nossa postura em nosso dia-a-dia, quando estamos expostos às complicações e influências negativas deste mundo e nos convidava a estarmos acima das circunstâncias, procurando uma postura mais adequada e coerente com o que cremos.

Fez, inclusive, a citação de um episódio muito interessante ocorrido, segundo consta, logo após a 2ª Guerra Mundial:

"Um jovem piloto inglês experimentava o seu frágil avião monomotor numa arrojada aventura ao redor do mundo.
Pouco depois de levantar vôo de um dos pequenos e improvisados aeródromos da Índia, ouviu um estranho ruído que vinha de trás do seu assento.
Percebeu logo que havia um rato a bordo e que poderia, roendo a cobertura de lona, destruir o seu frágil avião.
Poderia voltar ao aeroporto para se livrar de seu incômodo, perigoso e inesperado passageiro. Lembrou-se, contudo, de que os ratos não resistem a grandes alturas.
Voando cada vez mais alto, pouco a pouco cessaram os ruídos que quase colocaram em perigo a sua viagem."

Moral da estória: Podemos nos livrar das influências negativas deste mundo, voando mais alto.

Podemos estar “voando mais alto” de forma grandemente eficaz, quando em contato mais íntimo com Deus, e de sua proteção. Quando estamos profundamente preocupados com os acontecimentos diários, achando difícil enfrentar as agruras da vida, devemos voar mais alto.

Se nos ameaçarem destruir por inveja, calúnia, maledicência, diz que diz. Devemos voar mais alto.

Se houverem criticas, voemos mais alto. Se fizerem injustiças, voemos mais alto.

Devemos nos lembrar sempre que eles não resistem às grandes alturas, e que nosso Deus está ainda mais alto, muito acima de todas as coisas.

Foi pensando nisso que resolvi, a partir deste artigo, a voltar a escrever apenas o que for de caráter edificante e proveitoso.

A atenção que poderia dar aos políticos e às suas atividades espúrias, aos atos insensatos das pessoas nos afazeres diários, à tendência dos brasileiros de sermos uns “Gersons da vida”, querendo sempre vantagens nem sempre lícitas, aos criminosos, que hoje em dia recebem mais destaque que as pessoas de bem; transferirei ao que é bom e salutar.

Não é o ensinamento de que devemos, enfim, voar mais alto?

Que voemos, então, mais alto. Fiquemos acima, muito acima, do lamaçal sujo e gosmento que está tomando conta do mundo atual.

A partir de agora, neste blog somente me preocuparei com o que for bom, salutar e digno de ser enaltecido.

Teremos aqui apenas artigos cada vez mais dinâmicos e instrutivos.

Boa leitura!

Eli dos Reis