domingo, 11 de maio de 2014

Dia das Mães



21/04/2010 - 15h05min.
 
Nesse dia, nessa hora, ela foi embora.
Deixou um vazio bem grande...
Não parecia que faria tanta falta, mas faz.
Parece que toda vez que vou a Jaguariúna irei vê-la sentada ali na varanda fazendo seu crochê.
Mas ela não está lá, nem nunca mais estará...
Gozado, nunca pensei que com essa minha idade, um dia, sentiria essa falta.
Achava que sentir falta da mãe era coisa de criança ou no máximo de gente nova, mas não.
Sinto saudades dela, mesmo com a idade que tenho hoje.
Saudades...
Ficou um vazio, uma sensação de que não aconteceu.
Mas o fato é que ela se foi.
Bem, deixo aqui um grande abraço e um beijo carinhoso a todas as mães.
Tenham um feliz domingo, junto aos seus.
Curtam as mães de vocês, enquanto é tempo.



Feliz Dia das Mães a todos.



Eli dos Reis

sexta-feira, 9 de maio de 2014

LULA A CAMINHO DOS 99,9999995%





Ahhh não, reprodução de novo?
Alguém pode até pensar isso, mas, como não fazê-lo?
Afinal dizem, chega-te aos bons e serás um deles.
No meu caso, procuro chegar bem junto ao Ossami Sakamori, ilustre brasileiro de Curitiba, de quem me orgulho ter conhecido, primeiro no Twitter, depois em seu Blog.
E que, quem sabe? Ainda vou conhecê-lo pessoalmente e dar-lhe um abraço de admiração. Coisas de internet que nos permite ser próximos em idéias, de pessoas que ainda não se conhece pessoalmente.
Sempre lúcido, nos escreve tudo aquilo que gostaríamos de dizer ou de ter escrito. E quando não escreve, reproduz algo tão interessante, tão verdadeiro, tão brasileiro, que nos satisfaz a brasilidade tão maltratada ultimamente.
Como fez agora, com a reprodução desse brasileiro, também lá do Paraná, que escreveu (não sei quando, mas tão atual) esse texto LULA A CAMINHO DOS 99,9999995%, que reproduzo a seguir.

Só que antes de reproduzir, quero dizer algo ao escritor:

- Gilberto Garbi, faço coro com você, pois, os meus 0,0000005%, LULA também não leva! Nem ele, nem a Gerentona, que em matéria de gerir, não entende nada.
Mas, vamos lá ao excelente depoimento de mais um brasileiro que não concorda com o que estão fazendo com esse nosso País.

Leiam, Pensem, e depois vamos refletir o que podemos fazer para mudar essa situação:
 
LULA A CAMINHO DOS 99,9999995%

Por Gilberto Geraldo Garbi

Há poucos dias, a imprensa anunciou amplamente que, segundo as últimas pesquisas de opinião, Lula bateu de novo seus recordes anteriores de popularidade e chegou a 84% de avaliação positiva.  É, realmente, algo "nunca antes visto nesse país" e eu fiquei me perguntando o que podemos esperar das próximas consultas populares.

Lembro-me de quando Lula chegou aos 70% achei que ele jamais bateria Hitler, a quem, em seu auge, a cultíssima Alemanha chegara a conceder 82% de aprovação. Mas eu estava enganado: nosso operário-presidente já deixou pra trás o psicopata de bigodinho e hoje só deve estar perdendo para Fidel Castro e para aquele tiranete caricato da Corei do Norte, cujo nome jamais me interessei em guardar.

Mas Lula tem uma vantagem sobre os dois ditadores: aqui as pesquisas refletem verdadeiramente o que o povo pensa, enquanto em Cuba e na Coréia do Norte as pesquisas de opinião lembram o que se dizia dos plebiscitos portugueses durante a ditadura lusitana: SIM, Salazar fica; NÃO, Salazar não sai; brancos e nulos sendo contados a favor do governo.

Portanto, a popularidade de Lula ainda "tem espaço" para crescer, para empregar essa expressão surrada e pedante, mas adorada pelos economistas.  E faltam apenas cerca de 16% para que Lula possa, com suas habituais presunção e imodéstia, anunciar ao mundo que obteve a unanimidade dos brasileiros em torno de seu nome, superando até Jesus Cristo ou outras celebridades menores que jamais conseguiram livrar-se de alguma oposição...

Sim, faltam apenas 16% mas eu tenho uma péssima notícia a dar a seu hipertrofiado ego: pode tirar o cavalinho da chuva, cumpanheiro, porque de 99,9999995% você não passa.

Como você não é muito chegado em Aritmética, explico melhor: o Brasil tem 200.000.000 de habitantes, um dos quais sou eu.  Represento, portanto, 1 em 200.000.000, ou seja, 0,0000005% enquanto os demais brasileiros totalizam os restantes 99,9999995%.  Esses, talvez, você possa conquistar, em todo ou em parte.
Mas meus humildes 0,0000005% você jamais terá porque não há força neste ou em outros mundos, nem todo o dinheiro com que você tem comprado votos e apoios nos aterros sanitários da política brasileira, não há, repito, força capaz de mudar minha convicção de que você foi o pior dentre todos os presidentes que tive a infelicidade de ver comandando o Brasil em meus 65 anos de vida.

E minha convicção fundamenta-se em fato simples: desde minha adolescência, quanto comecei a me dar conta das desgraças brasileiras e a identificar suas causas, convenci-me de que na raiz de tudo está a mentalidade dominante no Brasil, essa mentalidade...

dos que valorizam a esperteza e o sucesso a qualquer custo;

dos que detestam o trabalho e o estudo;
dos que buscam o acesso ao patrimônio público para proveito pessoal;

dos que almejam os cabides de emprego  e os cargos fantasmas;

dos que criam infindáveis dinastias nepotistas nos órgãos públicos;

dos que despreza a justiça desde que a injustiça lhes seja vantajosa;

dos que só reclamam dos privilégios por não estar incluídos entre privilegiados;

dos que enriquecem através dos negócios sujos com o Estado;

dos que vendem seus votos por uma camiseta, um sanduíche ou, como agora, uma bolsa família;

dos que são incapazes de discernir, comover-se e indignar-se diante de infâmias.

Pense a maioria o que quiser, diga a maioria o que disser, não mudarei minha convicção de que este País só deixará de ser o que é: uma terra onde as riquezas produzidas pelo suor da parte honesta e trabalhadora é saqueada pelos parasitas do Estado e pelos ladrões privados eternamente impunes - quanto a mentalidade da população e de seus representantes for profundamente mudada.

Mudada pela educação, pela perseverança, pela punição aos maus, pela recompensa aos bons, exemplo dos governantes.

E você Lula, teve uma oportunidade única de dar início à mudança dessa mentalidade.

Você teve a oportunidade de tornar-se nossa tão esperada âncora moral, esta sim, nunca antes vista nesse País.

Mas não, você preferiu o caminho mais fácil e batido das práticas populistas e coronelistas de sempre, da compra de tudo e de todos.

Infelizmente para o Brasil você estava certo: para que se esforçar, escorado apenas em princípios de decência, se muito,  muito mais rápido e eficiente é comprar o que for necessário, nessa terra onde quase tudo está à venda?

Eu não o considero inteligente, no nobre sentido da palavra, porque uma pessoa verdadeiramente inteligente, depois de chegar aonde você chegou, partindo de onde você partiu, não chafurdaria nesse lamaçal em que você e sua malta alegremente surfam.

Mas reconheço em você uma esperteza excepcional: nunca antes nesse País um presidente explorou tão bem, em proveito próprio e de seu bando, as piores qualidades da massa brasileira e de seus representantes.

Esse é seu legado maior: o de haver escancarado a lúgubre realidade de que o Brasil continua o mesmo que Darwin encontrou quando passou por essas plagas em 1832 e anotou em seu diário: "Aqui todos são subornáveis".

Você destruiu as ilusões de quem achava que havíamos evoluído em nossa mentalidade e matou as esperanças dos que ainda acreditavam poder ver um Brasil decente antes de morrer. 

Você não inventou a corrupção brasileira, mas fez dela um maquiavélico instrumento de poder. 

Você é o sonho de consumo da banda podre desse País, o exemplo que os funcionários corruptos do Brasil sempre esperaram para poder dar, sem temores, plena vazão a seus instintos.

Você faz da mentira e da demagogia seu principal veículo de comunicação com a massa.

A propósito, o que é que você sente, todos os dias, ao olhar-se no espelho e lembrar-se do que diz nos palanques?
 
Você sente orgulho em subestimar a inteligência da maioria e ver que vale a pena?
Você mentiu quando disse haver recebido como herança maldita a política econômica de seu antecessor.

Você mentiu ao dizer que não sabia do Mensalão.

Mentiu quando disse que seu filho enriqueceu através do trabalho.

Mentiu sobre os milhões que a Ong 13, de sua filha, recebeu sem prestar contas

Mentiu ao afastar Dirceu, Palocci, Gushiken e outros cumpanheros pegos em flagrante.
Mente quando, para cada platéia, fala coisas diferentes, escolhidas sob medida para agradá-las

Mentiu, mente e mentirá em qualquer situação que lhe convenha. 

Você não moveu uma palha, em seis anos de presidência, para modificar as leis odiosas que protegem criminosos de todos os tipos neste País sedento de Justiça e encharcado pelas lágrimas dos familiares de tantas vítimas.

Jamais sua base no Congresso preocupou-se em fechar ao menos as mais gritantes brechas legais pelas quais os criminosos endinheirados conseguem sempre permanecer impunes, rindo-se de todos nós.

Ao contrário, o Supremo, onde você tem grande influência, por haver indicado um bom número de Ministros, acaba de julgar que mesmo os condenados em segunda instância podem permanecer em liberdade, até que todas as apelações, recursos e embargos sejam julgados, o que, no Brasil, leva décadas.

Isso significa, em poucas palavras, que os criminosos com dinheiro suficiente para pagar os famosos e caros criminalistas brasileiros podem dormir sossegados, porque jamais irão para a cadeia.

Estivesse o Supremo julgando algo que interessasse a seu grupo ou a suas inclinações ideológicas, certamente você teria se empenhado de corpo e alma.

Aliás, Lula, você nunca teve ideais, apenas ambições.
Você jamais foi inspirado por qualquer anseio de Justiça. Todas as suas ações, ao longo da vida, foram motivadas por rancores, invejas, sede pessoal de poder e irrefreável necessidade de ser adorado e ter seu ego adulado. 

Você tem dividido a nação, jogando regiões contra regiões, classes contra classes e raças contra raças, para tirar proveito das desavenças que fomenta.

Aliás, se você estivesse realmente interessado, em dar aos pobres, negros e outros excluídos as mesmas oportunidades que têm os filhos dos ricos, teria se empenhado a fundo na melhoria da saúde e do ensino públicos.

Mas você, no íntimo, despreza o ensino, a educação e a cultura, porque conseguiu tudo o que queria, mesmo sendo inculto e vulgar. Além disso, melhorar a educação toma um tempo enorme e dá muito trabalho, não é mesmo? 

A Imprensa faz-lhe pouca oposição porque você a calou, manipulando as verbas publicitárias, pressionando-a economicamente e perseguindo jornalistas. 

Você pode desdenhar tudo aquilo que aqui foi dito, como desdenha a todos que não o bajulem. 

Afinal, se você não é o maior estadista do planeta, se seu governo não é maravilhoso, como explicar tamanha popularidade?

É fácil: políticos, sindicatos, imprensa, ONGs, movimentos sociais, funcionários públicos, miseráveis, você comprou com dinheiro, bolsas, cotas, cargos e medidas demagógicas. 

Muita gente que trabalha, mas desconhece o que se passa nas entranhas de seu governo, satisfez-se com o pouco mais de dinheiro que passou a ganhar, em conseqüência do modesto crescimento econômico que foi plantado anteriormente.

É esse, em síntese, o triste retrato do Brasil de hoje...

E, como se diz na França, "l´argent n´est tout que dans les siècles où les hommes ne sont rien"


Gilberto Geraldo Garbi
Gilberto G. Garbi, formado pelo ITA, desenvolveu carreira na Telepar, aonde chegou a Diretor Técnico e Diretor Presidente. Exerceu cargo de Diretor Presidente da Telebrás.  Este que transcreve, o conheceu na condição de Diretor Presidente da Telepar.



Voltei:

E aí? Gostaram?

Quem quiser ler mais de Ossami Sakamori, encontrarão aqui:


Abraços a todos.

Especialmente ao Sakamori e a seu amigo Gilberto Geraldo Garbi.


ELI DOS REIS,

De Ribeirão Preto.