terça-feira, 28 de junho de 2011

Hoje foi um dia muito especial!

       
       Hoje foi um dia muito especial. Estive pensando muito nas coisas que últimamente (nos últimos oito anos) vem acontecndo em nosso País.
A cada dia mais e mais explicações são necessárias. E quanto mais se explica, mais vamos vendo fatos e atos inexplicáveis irem acontecendo.

       Nunca na história de um País tantas explicações foram necessárias.
       Foi um Sr. Lula, que explicava porque nunca sabia de nada, depois outro e mais outro... 

       Recentemente um Ministro multiplicador, Sr  Palocci, que nos explicava que não podia explicar porque tinha Contrato que proibiria explicações...

       Hoje estamos vendo outro Ministro enlameado, Sr. Mercadante, tentando mais uma vêz explicar o que não tem explicação!

        Isso tudo até me fêz postar no twitter o seguinte:

Meu Deus do Céu que tanto essa petezada tenta explicar o inexplicável? Será que não notaram que se explicam demais? Chega já cansou a todos!

O que precisa de muita explicação, não tem explicação! É maracutaia mesmo!


        Continuei pensando, pensando, até lembrar-me do senhor Rui Barbosa. Alguém se lembra dêle? Homem dos quais há muito tem não se vê no nosso Brasil! Íntegro, correto, exemplo de brasilidade.

        Resolvi, então, postar aqui um pequeno pedaço de um texto que acho dos melhores já criados nesse nosso País. Trata-se de um extrato do seu discurso "Oração aos Moços"

Vamos a êle, então:

     "  Tenham por averiguado que, onde quer que o colocarem, dará conta o sujeito das mais árduas empresas e solução aos mais emaranhados problemas. Se em nada se aparelhou, está em tudo e para tudo aparelhado. Ninguém vos saberá informar por quê. Mas todo o mundo vo-lo dará por líquido e certo. Não aprendeu nada, e sabe tudo. Ler, não leu. Escrever, não escreveu. Ruminar, não ruminou. Produzir, não produziu. E um improviso onisciente, o fenômeno de que poetava Dante: "In picciol tempo gran dottor si feo".
      A esses homens-panacéias, a esses empreiteiros de todas as empreitadas, a esses aviadores de todas a encomenda, se escancelam os portões da fama, do poderio, da grandeza, e, não contentes de lhes aplaudir entre os da terra a nulidade, ainda, quando Deus quer, a mandam expor à admiração do estrangeiro.
      Pelo contrário, os que se tem por notório e incontestável excederem o nível da instrução ordinária, esses para nada servem. Por quê? Porque "sabem demais". Sustenta-se aí que a competência reside, justamente, na incompetência. Vai-se, até, ao incrível de se inculcar "medo aos preparados", de havê-los como cidadãos perigosos, e ter-se por dogma que um homem, cujos estudos passarem da craveira vulgar, não poderia ocupar qualquer posto mais grado no governo, em país de analfabetos. Se o povo é analfabeto, só ignorantes estarão em termos de o governar. Nação de analfabetos, governo de analfabetos. E o que eles, muita vez às escâncaras, e em letra redonda, por aí dizem.
      Sócrates, certo dia, numa das suas conversações, que O Primeiro Alcibíades nos deixa escutar ainda hoje, dava grande lição de modéstia ao interlocutor, dizendo-lhe, com a costumada lhaneza: "A pior espécie de ignorância é cuidar uma pessoa saber o que não sabe... Tal, meu caro Alcibíades, o teu caso. Entraste pela política, antes de a teres estudado. E não és tu só o que te vejas nessa condição: é esta mesma a da mor parte dos que se metem nos negócios da república. Apenas excetuo exíguo número, e pode ser que, unicamente, a Péricles, teu tutor; porque tem cursado os filósofos".
      Vede agora os que intentais exercitar-vos na ciência das leis, e vir a ser seus intérpretes, se de tal jeito é que conceberíeis sabê-las, e executá-las. Desse jeito; isto é: como as entendiam os políticos da Grécia, pintada pelo mestre de Platão.
      Uma vez, que Alcibíades discutia com Péricles, em palestra registrada por Xenofonte, acertou de se debater o que seja lei, e quando exista, ou não exista.
      "- Que vem a ser lei?" indaga Alcibiades.
      "- A expressão da vontade do povo", responde Péricles.
      "- Mas que é o que determina esse povo? O bem, ou o mal?" replica-lhe o sobrinho.
      "- Certo que o bem, mancebo.
      "- Mas, sendo uma oligarquia quem mande, isto é, um diminuto número de homens, serão, ainda assim, respeitáveis as leis?
      "- Sem dúvida.
      "- Mas, se a disposição vier de um tirano? Se ocorrer violência, ou ilegalidade? Se o poderoso coagir o fraco? Cumprirá, todavia, obedecer"?
      Péricles hesita; mas acaba admitindo:
      "- Creio que sim.
      "- Mas então", insiste Alcibíades, "o tirano, que constrange os cidadãos a lhe acatarem os caprichos, não será, esse sim, o inimigo das leis?
      "- Sim; vejo agora que errei em chamar leis às ordens de um tirano, costumado a mandar, sem persuadir.
      "- Mas, quando um diminuto número de cidadãos impõe seus arbítrios à multidão, daremos, ou não, a isso o nome de violência?
      Parece-me a mim", concede Péricles, cada vez mais vacilante, "que, em caso tal, é de violência que se trata, não de lei".
      Admitido isso, já Alcibíades triunfa:
      "- Logo, quando a multidão, governando, obrigar os ricos, sem consenso destes, não será, também, violência, e não lei?"
      Péricles não acha que responder; e a própria razão não o acharia. Não é lei a lei, senão quando assenta no consentimento da maioria, já que, exigido o de todos, desiderandum irrealizável, não haveria meio jamais de se chegar a uma lei.
      Ora, senhores bacharelandos, pesai bem que vos ides consagrar à lei, num país onde a lei absolutamente não exprime o consentimento da maioria, onde são as minorias, as oligarquias mais acanhadas, mais impopulares e menos respeitáveis, as que põem, e dispõem, as que mandam, e desmandam em tudo; a saber: num país, onde, verdadeiramente, não há lei, não há moral, política ou juridicamente falando.
      Considerai, pois, nas dificuldades, em que se vão enlear os que professam a missão de sustentáculos e auxiliares da lei, seus mestres e executores.
      É verdade que a execução corrige, ou atenua, muitas vezes, a legislação de má nota. Mas, no Brasil, a lei se deslegítima, anula e torna inexistente, não só pela bastardia da origem, senão ainda pelos horrores da aplicação.
      Ora, dizia S. Paulo que boa é a lei, onde se executa legitimamente. Bona est lex, si quis ea legitime utatur. Quereria dizer: Boa é a lei quando executada com retidão. Isto é: boa será, em havendo no executor a virtude, que no legislador não havia. Porque só a moderação, a inteireza e a eqüidade, no aplicar das más leis, as poderiam, em certa medida, escoimar da impureza, dureza e maldade, que encerrarem. Ou, mais lisa e claramente, se bem o entendo, pretenderia significar o apóstolo das gentes que mais vale a lei má, quando inexecutada, ou mal executada (para o bem), que a boa lei sofismada e não observada (contra ele).
      Que extraordinário, que imensurável, que, por assim dizer, estupendo e sobre-humano, logo, não será, em tais condições, o papel da justiça! Maior que o da própria legislação. Porque, se dignos são os juizes, como parte suprema, que constituem, no executar das leis, em sendo justas, lhes manterão eles a sua justiça, e, injustas, lhes poderão moderar, se não, até, no seu tanto, corrigir a injustiça.
      De nada aproveitam leis, bem se sabe, não existindo quem as ampare contra os abusos; e o amparo sobre todos essencial é o de uma justiça tão alta no seu poder, quanto na sua missão. "Aí temos as leis", dizia o Florentino. "Mas quem lhes há de ter mão? Ninguém".
      "Le leggi son, ma chi pon mano ad esse? Nullo".  "

      Gostou?
      Qualquer semelhança com a nossa realidade atual, não é coincidência. É pura genialidade do senhor Rui Barbosa, que parece que em algum lugar continua envergonhado com o que acontece nesse nosso Brasil.


Boa leitura e até a próxima oportunidade.


Eli dos Reis.



domingo, 26 de junho de 2011

A FRASE QUE EU LI...



No momento de maior agitação do "Caso Palocci", eu havia escrito o texto que vai a seguir, entretanto, de tanto ver as eloquentes defesas a este senhor que me desmotivei a posta-lo aqui no meu Blog.

Hoje, passados diversos dias, ao relê-lo mais uma vêz resolvi colocá-lo aqui. Assim, aí vai êle...


A FRASE QUE EU LI:

Estava lá no twitter para quem quisesse ler o desabafo de mais um brasileiro, que assim como todos nós, está indignado com tudo que está acontecendo nesse nosso Brasil:

Funciona assim: o bombeiro trabalhador você prende. O terrorista assassino, você solta.

Eu vou aproveitar e entrar no clima, indo mais além: o ministro multiplicador, você deixa sair de Brasília com todo mundo chorando por ele (até a Presidente) e ir para São Paulo cuidar dos milhões. O ex-caseiro você deixa aguardar a justiça de Deus.

Como sempre, em Brasília acontecem a cada dia mais e mais casos incríveis. De uns dias para cá a coisa está superando todas as expectativas que se possa ter. Dois figurões de fama internacional, o senhor Cesare Battisti e o ex-ministro Antonio Palocci, saíram de mãos dadas de lá, acho, e foram em direção ao “incerto e não sabido” cuidar de suas vidas. O segundo, de sua vida e dos seus milhões.

Milhões que até o secretário geral do partido vermelho, Sr. Elói Pietá, em artigo publicado na página do PT na internet, diz que a legenda não saiu em defesa do ex-ministro da Casa Civil por causa de seu súbito enriquecimento pessoal. Achou demais para um ministro multiplicador só.   Acho que se tivesse dividido a grana, aí tudo bem. Como ficou só pra ele, foi deixado sangrando até cair.

Não demorou, mas caiu. Bem antes do que até ele imaginava. É o que dá para se imaginar, pois, pela volúpia com que arrecadou milhões, ficamos com a impressão de que ele achava que cairia apenas no segundo ou terceiro ano como Ministro.

É, cada um de nós faz a sua escolha, tornando-se responsável pelo que acontece na sua vida.

Quantos imaginam crescer, ser grande e famoso na vida. Todos nós queremos ser alguém de destaque.

O ex-ministro multiplicador, por duas vezes foi detentor de funções importantíssimas no Brasil. E nas duas vezes jogou tudo para o alto, deixando aflorar seu comportamento baixo e mesquinho de corrupto e trambiqueiro, buscando o enriquecimento a qualquer custo.

Se olharmos bem, nas vezes em que foi prefeito deixou atrás de si sinais de que muita coisa não foi feita como deveria, pois, até agora existem na justiça casos ainda sem solução.

Vamos aguardar os próximos dias...

Quem sabe se apura tudo direitinho? E se não apurarem, nem se tomarem medidas punitivas, vamos ver se nós eleitores escolhemos melhor nas próximas eleições.

Depende de nós não elegermos mais pessoas dessa laia.

Um abraço a todos.


Eli dos Reis

domingo, 5 de junho de 2011

QUALIDADES...



Na manhã deste sábado li a seção “Opiniões” do jornal mais lido de minha Cidade, onde o articulista Hamilton de Andrade Lemos, com o título “Vinte vezes” começa citando algumas qualidades que atribui ao Ministro multiplicador, dizendo ser o ele portador de Inteligência, Ousadia, Senso de Oportunidade, Percepção, Experiência, e por aí vai. Sobre estas qualidades vou me referir ao final destes comentários.

Eu também estive pensando e estou na expectativa com o que pode vir a acontecer, caso os seus ocultos (da Presidenta) clientes venham a adotar o que devem ter aprendido com seu experiente consultor.

Vejam a grande instituição financeira que se diz seja um de seus clientes, que já é hoje um grande Banco que opera a nível mundial, resolvendo aplicar as instruções recebidas e tendo o mesmo sucesso de seu mentor, verá seu imenso patrimônio também ser multiplicado por vinte. Ninguém mais alcançará este Banco.

Aliás, eu notei nisso uma outra grande coisa, que muitos ainda não perceberam: a humildade.
Porque vejam, uma corporação financeira portentosa que lá da sua sede na Europa, operando nos quatro cantos do mundo, entenda ser necessário aprender como se multiplica patrimônios buscando orientação de como se ganha dinheiro com um médico sanitarista (nada contra a esta profissão, que acho maravilhosa), ex-prefeito de uma cidade do interior do Brasil, mentor de quebra de sigilo bancário de caseiros, é porque seus dirigentes a fazem realmente humilde.
Não só ela, mas seus economistas e financistas, todos devem ser portadores de uma extrema humildade e simplicidade para quererem aprender com um instrutor do interior que nem economista é.

Isso para não se falar de outro suposto cliente, no caso uma empresa aérea, que tem como seu fundador um excelente empresário que já fundou e deixou operando três outras companhias aéreas de sucesso em seus países. Já pensaram no vertiginoso crescimento dela, crescendo suas operações em vinte vezes, só pela aplicação do que deve ter aprendido?

Outro suposto cliente seria uma empresa que atua no setor de construção civil, aliás, um dos que mais estão ativos hoje no nosso País.
Se prestarmos atenção na relação dos supostos clientes divulgadas pelos jornais vamos ver que são clientes de peso, e todos ansiosos em, quem sabe, querer aprender com o experiente consultor.  Apenas nos três exemplos aqui citados, notamos que são todos de setores que estão “bombando” no atual governo: bancos e financeiras, privatização de aeroportos e construção civil. Coincidência?

Voltando às qualidades comentadas pelo articulista na matéria citada, acho que poderíamos acrescentar outras mais, mas todos deverão ter nomes diferentes, não só às listadas quanto às novas que eu iria elencar aqui, por isso deixo esta providencia para ser feita por cada um que ler estes comentários onde foram usados diversas vêzes o termo "suposto", por que, na realidade tudo são suposições.

Bom final de semana.

Segunda feira, com certeza, vai haver mais e mais repercussões sobre a entrevista!


Eli dos Reis