quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

MINHA EXPERIÊNCIA NUMA UNIDADE DA PREVIDÊNCIA – Parte 2



Os brasileiros esclarecidos e bem informados sabemos que temos direito a, a qualquer momento, de solicitarmos a inclusão ou retificação de dados no CNIS (mais adiante esclareço o que é isso), com a apresentação de documentação.

Mas, não é isso que acontece quando solicitamos esse direito na Agencia da Previdência Social.

Vejam a seguir a continuação de minha visita a uma dessas Agencias, que iniciei com a postagem da semana passada, com o título "MINHA EXPERIÊNCIA NUMA UNIDADE DA PREVIDÊNCIA – Parte 1". Vamos então à segunda e última parte dessa minha experiência: 



MINHA EXPERIÊNCIA NUMA UNIDADE DA PREVIDÊNCIA – Parte 2


No site da Previdência e nos folders informativos disponíveis nas unidades de atendimento, constam as seguintes informações:

Concessão de Benefícios Previdenciários

A legislação previdenciária permite que os dados dos trabalhadores brasileiros armazenados no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) sejam utilizados para a concessão de benefícios previdenciários. Entretanto, há situações nas quais a lei exige que o INSS solicite documentos para complementar as informações. Os segurados podem requerer, a qualquer momento, a inclusão, exclusão ou retificação dos dados do CNIS com a apresentação de documentação comprobatória.


Vamos, então, à visita:

- Pode sentar senhor...

Disse-me o atendente, perguntando logo a seguir qual seria meu problema... Em que poderia ajudar-me.

Expliquei o que necessitava: corrigir alguns dados e atualizar algumas informações relativas ao meu tempo de contribuição constante no meu cadastro junto à Previdência Social.

O atendente de imediato fez uma verdadeira exposição de motivos para tentar descaracterizar meu direito de corrigir e atualizar os dados constantes do meu CNIS (pronuncia-se “quinís”), ou seja, Cadastro Nacional de Informações Sociais – Períodos de Contribuição.

Eu argumentei:

- Senhor, mas eu tenho direito a atualizar meus dados, não tenho?

- Sim, tem... Mas normalmente isso é realizado no momento em que o senhor entra com o pedido da aposentadoria... Se não temos que fazer isso mais de uma vez, porque no momento em eu o senhor entrar com o pedido da aposentadoria, poderá corrigir os dados que estiverem incorretos, ou aqueles que o senhor considerar desatualizados ou errados... – Respondeu-me o atendente.

Expliquei que apresentei meu pedido porque na realidade alguns dados precisam ser corrigidos em meu CNIS, e outros precisam ser lançados já que não constam na minha base de dados, e que estão lançados, somente após o ano de 1974.
Segundo o atendente a base de dados, realmente, somente contempla dados a partir de 1974.

- Então?...- Disse eu.

O atendente voltou a enumerar suas razões para justificar seu desinteresse em atualizar meus dados:

- Vou precisar dos dados a serem lançados e os que devem ser corrigidos...

- Eu trouxe aqui todas as minhas carteiras profissionais, desde a primeira que tirei ainda quando menor de idade... - Respondi.

Perguntou-me:

- Trouxe a Comprovação de endereço? Preciso atualizar seus dados. – Disse.

E argumentou tentando, acho, complicar meu pedido.

- A certidão de casamento? Acho melhor o senhor solicitar, pelo 135, o agendamento para solicitar sua Aposentadoria por Tempo de Contribuição, aí o senhor atualiza o que precisar ser atualizado.

Eu já estava começando a ficar indignado com todas estas dificuldades, mas seguia respirando fundo e mantendo a calma.

Perguntei:

- Por gentileza, qual seu nome?

Respondeu:

- Ter filho pequeno é serio, não é senhor?

- É, pode ser um caso sério – Disse-lhe eu, tentando imaginar a que ele estaria se referindo.

- Meu crachá desapareceu numa vez em que estava em casa com minha filha novinha no colo. Ela arrancou da minha camisa e o perdeu. Não sei onde colocou, e não consegui mais encontrá-lo...

Ele continuou:

- Realmente, preciso providenciar um substituto. É desagradável trabalhar sem seu crachá, sem uma identificação.

E continua sua argumentação:

- Aqui todos o têm, todos são identificados, é melhor assim. Não acha?

Respondi:

- Sim acho...

- Mas, o seu nome? – Perguntei.

Olhou para mim, pensou... e respondeu:

- Clodoaldo, senhor...

Até aqui, vinha conversando comigo sem olhar-me diretamente.

Depois apresentou suas considerações sobre meus dados dizendo que meu caso seria fácil de serem acertados e corrigidos porque todos os dados necessários eu os tenho. Disse ainda que não seria necessário eu contratar um advogado para isso, e que eu mesmo poderia estar dando prosseguimento.

-É o que vim fazer aqui hoje. – Disse-lhe eu.

Informou-me que os advogados cobram muito caro para este serviço, que na realidade são realizados pelos funcionários da Previdência. E configura-se uma situação interessante, já que, segundo ele, os advogados pegam o serviço, os funcionários realizam a tarefa e os advogados ganham.

Voltei a argumentar:

-Então, é o que espero realizar aqui hoje.

Como estava de posse de todos os documentos pessoais e os de comprovação de trabalho e salários que imaginava ser necessário, exceto os improváveis de serem solicitados, mas que ele solicitou, como a certidão de nascimento, se solteiro, a certidão de casamento, se casado, ou a comprovação de endereço.

Argumentei que eu havia atualizado meus dados recentemente por intermédio do portal da Previdência. Então ele resolveu entrar no meu cadastro e conferir comigo os dados ali constantes, mediante sua leitura e minha confirmação.

Ato contínuo à confirmação dos dados, disse:

- Vamos, então, entrar com os dados que necessitam ser lançados. Então eu vou tentar atualizar sua CNIS. Vamos dar entrada nos registros de trabalho anteriores a 1974, que não estão na CNIS. Se bem que o senhor poderia fazê-lo por ocasião da entrada do pedido de aposentadoria.

- Mas não é o caso agora, não vou me aposentar... – Disse eu.

Respondeu:

- Não tem problema. Sua aposentadoria será negada por falta de tempo necessário para a concessão da aposentadoria. Aí seus dados ficam atualizados e o senhor terá o documento com a comprovação de tempo que o senhor está querendo. Correto?

- Mas não tenho direito e possibilidade de fazê-lo aqui mediante esta solicitação de Acerto de Vínculos e Remunerações? – Perguntei.

Respondeu:

- Sim, tem. Mas eu vou ter um trabalhão, e daqui a pouco quando o senhor entrar com o pedido de aposentadoria, quem atendê-lo não terá quase nada a fazer...

- Senhor Clodoaldo, mas não vou aposentar agora. – Ressaltei.

Nova argumentação:

- O senhor não vai ter o tempo necessário, mas se tiver é só não aceitar a aposentadoria...

- Mas aposentadoria concedida não é irrevogável? Pelo menos é o que ouvi dizerem. – Argumentei em resposta.

- Não, é só o senhor não receber os pagamentos. Se houver depósitos em conta corrente relativos à aposentadoria, é só o senhor não sacar para configurar a aceitação da mesma. Após um ano sem saque a Previdência considera que não houve concordância, efetua os estornos e cancela a aposentadoria.

- Mas tanta coisa... Não seria melhor só atualizarmos os dados? Disse eu novamente.

Pediu “um minutinho” para se ausentar de sua mesa...

Após alguns instantes, retorna, pergunta se eu trouxera as cópias dos registros faltantes. 

Como eu disse que não por não saber que seriam necessárias, ele diz que faria as cópias lá mesmo na unidade e dá início aos lançamentos, o que não dura muito.
Logo no primeiro emprego, relativo à primeira empresa em que trabalhei, ele me solicita o CNPJ da empresa, para poder entrar com o registro.

- CNPJ? – Disse eu.

- Sim, o CNPJ da empregadora, senão não vou conseguir entrar com os dados do empregador, pois, o sistema faz a amarração com o CNPJ. Se não fornecer, não aceita o registro.

Argumentei que estava nas mãos dele a Carteira Profissional da época com todos os dados da emprega contratante. Era tudo que eu tinha, deste caso e dos demais.

Ao que ele me informa:

- Senhor, na época desse registro, as empresas não eram obrigadas a colocarem o número do CNPJ nos registros e lançamentos que efetuavam nas carteiras profissionais. O senhor não vai ter o CNPJ em todos esses registros antigos.

Perguntei o que se poderia fazer naquele momento.

- Ahhh..., sem os dados não vou poder fazer nada. A não ser que eu lance no seu CPF, mas aí vai sair como empregador o seu nome. Se o senhor não fizer questão...

Um tanto surpreso, eu disse:

- Se eu não fizer questão? Mas a empresa que me está solicitando a comprovação de tempo pré-aposentadoria para garantia de emprego durante o período que falta para aquisição do direito à aposentadoria vai aceitar isso? É correto isso?

Respondeu:

- Aí eu já não sei. Se ela não aceitar, não tem outro jeito a não ser o Pedido de Aposentadoria... Vou precisar do CNPJ.

Então ele entrou no site da Receita Federal para verificar se havia forma de se conseguir o malfadado número da empresa, mas disse não ser possível.
Ato contínuo informou que estava vendo que não iria poder me atender. Alegando que iria tentar com outros funcionários uma forma de poder atender minha solicitação, levantou-se e dirigiu-se a outras mesas perguntando aos demais se haveria ou se conheciam alguma forma.

Como todos respondessem (em voz alta, para que da mesa dele eu pudesse ouvir) que sem os dados completos não se poderia resolver o problema, ele retornou à mesa e me diz:

- É, não vai dar... Sem os números, nada feito. A não ser que se fizesse a solicitação de aposentadoria. O senhor faz outro agendamento pelo 135 e pede sua aposentadoria...

Ainda tive ânimo para perguntar:

- Mas se não tenho agora o número do CNPJ do empregador, na ocasião da aposentadoria também não o terei.

Ao que ele me respondeu, argumentando que para a aposentadoria a Previdência aceita os dados que eu tenho disponíveis. Que serão necessárias apenas cópias das páginas dos registros que não constam do sistema para fazerem-se as atualizações das anotações.

Os caros leitores deste artigo já devem estar sentindo o que eu sentia lá naquela unidade, naquele dia, naquela hora...

Ficou me olhando, aguardando eu dizer algo, enquanto eu juntava todas as carteiras profissionais e papeis comprobatórios de trabalho e remunerações que estavam espalhados sobre sua mesa.

Juntei tudo, acomodei em minha pasta, levantei-me e saí da unidade em silencio, mas com uma vontade enorme de xingar aquele pessoal todo que fica ali nos atendendo desta forma e que são remunerados com recursos tirados dos bolsos de todos nós brasileiros.

O mínimo que deveriam fazer seria atender bem àqueles que sustentam seus cargos e salários.

Pátria amada, salve salve...



ELI DOS REIS





NOTA:

Tenho todos os documentos que comprovam o que digo neste post e no da semana passada. Aliás, tenho outro atendimento programado para o início de março.




sábado, 23 de fevereiro de 2013

MINHA EXPERIENCIA NUMA UNIDADE DA PREVIDÊNCIA Parte 1




Cheguei para o atendimento agendado para as 11h15m, um pouco antes, às 10h45m.

Na entrada o atendente disse que somente poderia dar-me a senha para o atendimento com apenas 05 minutos de tempo antes do horário agendado.

Naquele momento, estavam sendo atendidos, uma senhora para verificação de auxilio, natalidade, não tenho certeza, e outras duas senhoras acompanhadas de uma criança para tratarem de auxílio reclusão.

A última senha atendida no momento de minha chegada fora a de número 0018, cujo número era ainda exibido no mostrador luminoso.

Enquanto eu aguardava chegou mais uma pessoa sem agendamento para ser atendida (um senhor que queria saber de seus empréstimos consignados realizados, pois, não sabia: se o que devia estava em ordem, e o que devia, e o montante que tinha sob sua responsabilidade). Recebeu a senha 0019.

Neste momento reclamei, dizendo não concordar, pois, com horário marcado era obrigado a aguardar pelo atendimento e pessoas sem agendamento são atendidas imediatamente no momento em que chegam à unidade.

Disseram-me:

- Mas o senhor tem horário marcado!

Ato contínuo chegam mais pessoas para atendimento sem agendamento prévio, que recebem imediatamente uma senha e são orientados a tomarem assento por um momento, pois, seriam atendidos em breve. Aquele senhor da senha 0019, neste momento já estava sendo atendido e informado da situação de seus três empréstimos consignados de 60 parcelas cada e do quarto empréstimo consignado de 36 parcelas.

Nessa hora dirigi o olhar (imaginem meu rosto de indignação) ao recepcionista, que, de imediato veio até mim e trouxe-me uma senha de número 0020!  Eram exatamente 11h03m. Acho que os 05 minutos de tempo até o horário pré-marcado foi antecipado devido minha indignação.

Sentei-me com minha senha. O marcador de senhas sendo chamadas continuava marcando o número 0018, os dois atendimentos do momento de minha chegada tinham se encerrado e o senhor da senha 0019 estava, ainda, em atendimento.

Os atendentes, menos a senhora ocupada neste atendimento da senha 0019, tinham se retirado para ambientes internos da unidade.

Outra atendente que esteve ausente por uns momentos retorna à sua mesa e chama o próximo atendimento em alta voz (e não pelo marcador de senhas que ainda marcava o número 0018):

 - Senha 0021!

Só para recordar: a senha que me foi dada era o número 0020. Outra vez não entendi como lá funcionavam as coisas.

O pessoal da senha 0021, que foram muito bem atendidos, com todas as explicações e explanações sobre todos os seus direitos, foram uma senhora acompanhada de um senhor para tratarem, também, de um auxílio reclusão relativo a outro filho daquela senhora. Para esse atendimento foram envolvidos três funcionários: a atendente que iniciou os procedimentos, outra atendente (aquela que se encontrava nas dependências internas) e o atendente que posteriormente iria me atender. Todos tentando localizar no sistema da Previdência os indícios de eventuais agendamentos de atendimentos ou de marcação de horário pelo número 135. O que se viu ali foi que não só a senhora tinha tentado agendamentos, mas também o seu acompanhante e outra filha que no atendimento atual não pode comparecer.
Depois, iniciou-se a procura de um documento emitido por um Juiz relativo  a um neto da senhora, pois, nem sei qual procedimento seria somente mediante esta autorização que ninguém da família e atendentes estavam encontrando ali.

Não entendendo o porque da demora de meu atendimento, olhei para o recepcionista e externei minha indignação:

- É o cúmulo, todos sem agendamento são atendidos prioritariamente em relação a quem possua atendimento pré-marcado. As pessoas que, passando pela portaria da unidade, resolverem entrar para alguma informação, são de imediato atendidas. Não pode ser uma coisa dessas!

Não me responderam, apenas conversaram entre si (o recepcionista e o segurança na porta de entrada), falando deste tipo de comentários idênticos aos meus que, acho, sempre ocorrem quando ali chegam pessoas com agendamentos pré-marcados.

Após conversarem, o recepcionista entrega outra senha a dois senhores que, sem agendamento prévio, seriam atendidos logo após a senha 0021. Torci para que o fossem depois de mim, pelo menos...

Ainda sentado, aguardando, comecei a pensar que reclamar do atendimento, dependendo da forma em que se apresente a indignação, poderia até causar problemas com as outras pessoas em atendimento, que poderiam não gostar da reclamação, imaginando estarem sendo o motivo da reclamação.

Nem tinha acabado de reclamar e o outro atendente retorna do interior da unidade e chama meu número:

- Senha 0020!

Eu nem imaginava, mas estava apenas começando o meu infortúnio!

Bom sábado a todos.



ELI DOS REIS



Continua no próximo post...






NOTA:



Auxílio-reclusão
O auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes do segurado recolhido à prisão, durante o período em que estiver preso sob regime fechado ou semiaberto. Não cabe concessão de auxílio-reclusão aos dependentes do segurado que estiver em livramento condicional ou cumprindo pena em regime aberto.
Equipara-se à condição de recolhido à prisão a situação do segurado com idade entre 16 e  18 anos que tenha sido internado em estabelecimento educacional ou congênere, sob custódia do Juizado de Infância e da Juventude.
Fonte: http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=22


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

REPRODUÇÃO DA ENQUETE DO DIA "O GLOBO"


Na data de hoje resolvi apenas reproduzir aqui o resultado parcial da enquete que está sendo realizada pelo grande jornal O Globo, que nos mostra o que pensam os eleitores-leitores deste meio de comunicação.

A enquete mostra o que pensam os componentes de parcela significativa dos visitantes da versão digital do jornal, nos quesitos apresentados para serem votados.

Não que eu tenha algo contra o PT e seus políticos até porque sei que todos os partidos fazem falcatruas e são corruptos em sua essência, mas não concordo e sou totalmente contra o tamanho que a corrupção e roubalheira atingiu no nosso país depois que o presidente que não-sabe-de-nada-não-viu-nada-só-sabe-que-foi-apunhalado-pelas-costas LULA chegou ao Planalto.

Assim, vejam abaixo: 84,0% dos que votaram, pensam como eu.

E, com certeza, pensam como você que é meu habitual leitor.

Ou não?


O GLOBO

PAÍS
10:48 QUARTA 20.02.2013
ENQUETE DO DIA
Durante os dez anos do Partido dos Trabalhadores (PT) no poder....
·         A exclusão social diminuiu e a distribuição de renda aumentou                    10.0%
·         Os programas de transferência de renda foram eleitoreiros, mas eficientes      1.0%
·         Educação e Saúde ainda continuam um entrave no desenvolvimento do país   5.0%
·         Aumentou o número de escândalos no governo                                           84.0%
Total de votos: 611



Boa quarta-feira, e bom restinho de semana.

Um abraço,



ELI DOS REIS




sábado, 9 de fevereiro de 2013

O POVO BRASILEIRO... por Arnaldo Jabor.


Nesta postagem, apenas a reprodução desta pérola de Arnaldo Jabor.
Era originalmente um e.mail que, apesar de ser um pouco antigo, achei de muito bom humor.
Leiam:

O Povo Brasileiro...


- Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.
Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;
Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;
Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade.
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.
É coisa de gente otária.

- Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.
Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.

Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.
Brasileiro tem um sério problema.
Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

-
Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.
Brasileiro é vagabundo por excelência.

O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar três dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários da bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.

- Brasileiro é um povo honesto. Mentira.
Já foi; hoje é uma qualidade em baixa.
Se
você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso.

Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.


- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira. Já foi.
Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da Guerra do Paraguai ali se instalaram.
Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha alternativa e não concordava com o crime.
Hoje a realidade é diferente.
Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.
Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar dois ou três, mas não milhares de pessoas.
Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

- O Brasil é um pais democrático. Mentira.
Num país democrático a vontade da maioria é Lei.
A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.
Num país onde todos têm direitos, mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.
Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.
Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores).
Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.

Democracia isso? Pense!
O famoso jeitinho brasileiro.

Em minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.
Brasileiro se acha malandro, muito esperto.
Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.
No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve seis reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?
Afinal somos penta campeões do mundo né?
Grande coisa...

O Brasil é o país do futuro. Caramba, meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos.

Dessa vergonha eles se safaram...
Brasil, o país do futuro!?
Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

Deus é brasileiro.

Puxa, essa eu não vou nem comentar...

O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.

Para finalizar tiro minha conclusão:

O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente.
Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta.
Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.
Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!

Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?



Arnaldo Jabor

 
FAÇA A SUA PARTE (SE QUISER) REPASSE,
OU CONTINUE SÓ LENDO. 






Arnaldo Jabor, pequena biografia:
Carioca nascido em 1940, o cineasta e jornalista Arnaldo Jabor já foi técnico de som, crítico de teatro, roteirista e diretor de curtas e longas metragens. Na década de 90, por força das circunstâncias ditadas pelo governo Fernando Collor de Mello, que sucateou a produção cinematográfica nacional, Jabor foi obrigado a procurar novos rumos e encontrou no jornalismo o seu ganha-pão. Estreou como colunista de O Globo no final de 1995 e mais tarde levou para a TV Globo, no Jornal Nacional e no Bom Dia Brasil, o estilo irônico com que comenta os fatos da atualidade brasileira.
Fonte: http://www.paralerepensar.com.br/a_jabor.htm

NOSSAS ANDANÇAS NOS TRAZEM LEMBRANÇAS: NO MEU CASO, ELAS SÃO DE JAÚ!




Quantas vezes me peguei pensando acerca do amor que o apóstolo Paulo tinha para com as igrejas com as quais ele tinha convivido e mostrava seu amor expresso nas cartas que escreveu a diversas delas, falando com carinho sobre o acolhimento, e sobre um lugar especial que cada uma ocupava em suas memórias.

Em sua época, diversas foram as viagens que realizou sempre tendo o objetivo de levar a todos as boas novas e a nova vida que poderiam ter orientando a todos para uma nova postura tendo Cristo como centro e modelo para esta mudança de vida, passando a tê-la em toda sua plenitude, levando amor a todas as pessoas.

Citações importantes vemos aos seus irmãos de Roma, Corinto, Filipos, Tessalônica, e outras mais. A todos destas cidades ele se refere com atenção especial e nos mostra, pela leitura de seus textos, que a cada uma nutria uma atenção especial a determinados aspectos e características delas.
                                            
Uma das coisas que podemos ler em seus escritos, são as lembranças que tinha de determinados povos em relação ao que lhe marcou, e que quis ressaltar, chamando a atenção de que deveriam ser imitados e/ou tê-los como modelo.

E ele faz isso de forma muito especial, que nós que vivemos tantos séculos depois, podemos e devemos ter uma vida idêntica a aqueles povos da antiguidade, na certeza de que assim estaremos sendo modelo, ainda que tendo aqueles que viveram há tanto tempo atrás como exemplo.

Minha vida e meu passado também estão grandemente marcados pelos relacionamentos que tive com as diversas igrejas das cidades por onde andei e ainda ando.

Destas cidades por onde passei, uma tem posição de destaque sobre as outras:

Jaú, cidade que fica quase no centro do Estado de São Paulo, e tem as cidades de Bauru e Araraquara, bem maiores, a seu lado, mas que não trazem à memória tanto material como ela que é pequena, mas grande na lembrança.

Povo acolhedor, caloroso, amigo...

Não foi muito grande o tempo que ali moramos, mas rico em experiências vividas junto a todos aqueles que nos foram próximos. Eu e a Marta, minha esposa, ainda hoje nos pegamos lembrando-se daquela época gostosa.

Mas, sempre tem um mas, os tempos não param, a vida continua...

Hoje vivo distante daqueles amigos. Todos seguiram com suas vidas, impelidos pelos afazeres, e pelo trabalho de cada um.

Mudei-me para Ribeirão Preto, outros foram para São João da Boa Vista, São Carlos, Rio Claro, Bauru, Campinas, e até para locais onde não sei.

Com alguns falo às vezes pelo telefone, com outros o relacionamento é pelas redes sociais, interagindo com imagens e textos, e com outros mais, o contato é difícil, de tempos em tempos, e com diversos outros não tenho mais contato, só recebo esparsas notícias...

Saudade, esta sim está sempre ao meu lado, e ao lado da Marta, fazendo-nos recordar.

Enquanto estamos recordando, estamos revivendo tanta coisa boa que experimentamos.

Quando pequeno um dia ouvi, não sei de quem nem quem era o autor, uma frase muito propícia para o momento:

Recordar é viver.

Hoje numa rede social vi a seguinte citação de Robert Brault:

“Aproveite bem as pequenas coisas;
algum dia você vai saber que elas eram grandes”.


Bom final de sábado a todos.
Até a próxima...



ELI DOS REIS


...com saudades.


sábado, 2 de fevereiro de 2013

A BANALIZAÇÃO DAS COISAS...




Segundo o Dicionário Informal (Dicionário inFormal (SP) em data de 29/Abril/2008), que pode ser visualizado no endereço http://www.dicionarioinformal.com.br/banalizar/
  • Banalizar é “transformar valores caros em algo comum e sem importância”.

Pois bem, é isso que temos assistido nos telejornais de todas as emissoras de televisão ultimamente. Não se respeita mais a importância dos assuntos e/ou das personagens, e assim notícias totalmente sem sentido e sem nada a ver com o interesse do dia-a-dia são enxertadas no meio de informação de importância, seja pelo seu valor político, econômico ou social, perecendo querer transformar tudo o que se assiste em algo ordinário e sem graça.

Estava assistindo a uma matéria sobre o incêndio de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, com a câmara passeando sobre os jovens deitados no chão e o cinegrafista procurando expor cada vez mais a tragédia da incompetência das prefeituras em fazer valer legislações de segurança e o repórter dando os números da desgraça alheia, quando a ancora do telejornal entra e diz:
  • E agora o carnaval...

Ato contínuo passa a mostrar mulheres quase sem roupa balançando seus traseiros para a câmara e uma música estúpida de carnaval enchendo nossos ouvidos. Intervalo e voltam com violência em São Paulo, como se só lá houvesse mortes diariamente, pois interessa fazer média com o governo federal. Entra a apresentadora que chama o futebol.

É assim, misturam desgraças, carnaval, mortes e matanças, futebol, e por aí vai...
Tudo num clima da mais completa vulgarização da notícia, banalizando tudo, em toda a programação.

Temos uma emissora que apresenta uma atração em que uma senhora de certa idade mais esticada que couro de instrumentos de percussão, precisa ser orientada por um papagaio manipulado por, acho, um ventríloquo que tem a atribuição de não deixá-la falar mais asneiras do que normalmente já fala, depois, uma equipe nonsense vem com a pretensão de falar de saúde e bem estar a um povão que vive de bolsas criadas pelo nosso ex-presidente não-vi-nada-não-sei-de-nada-só-sei-que-fui-apunhalado-pelas-costas, e que se assiste e cuida da saúde pelo SUS. Parece até que “tiram uma” da cara do telespectador brasileiro, que fiel, não muda de canal.
Aí, puxa vida!... Vem outro campeão de audiência, fazendo um encontro do inútil com o fútil despejando asneiras na já saturada capacidade de assimilar dos teleinfluenciáveis da nossa pátria amada.

Nossas televisões têm apenas como objetivo seus faturamentos milionários, fazendo o que for preciso para assimilarem audiência. Ficam eternamente em cima do muro, saindo dele apenas e quando lhes interessam ficar ao lado do governo para amealharem verbas de propaganda e publicidade dos cofres estatais supridos pelos eleitores ou para se defenderem de possíveis investidas políticas que podem cercear-lhes o direito de continuarem operando.

Pela audiência fazem de tudo, nem que seja ajudar os governos a manterem o povo cada vez mais idiotizado, cultura que é bom, nada!

Vou encerrar este comentário transcrevendo uma recente citação do governador do Alagoas, Ronaldo Lessa (PDT), no ato de ampliação da rede educativa de rádio de seu Estado:

“Um povo que tem acesso à cultura é um povo livre. Só através da cultura um povo pode garantir a sua cidadania e a sua liberdade. É por isso que nós estamos investindo na ampliação da Rádio Educativa. Já implantamos a TV Educativa em Arapiraca e o nosso objetivo é levar o sinal da televisão a todo o Estado, porque entendemos que só através da cultura o povo pode garantir os seus direitos mais elementares”.

Entretanto, não é isso que o governo do PT e seus asseclas querem. A eles a prioridade é, imitando os governos da antiga Roma, dar ao povo apenas “pão e circo”.


Bom dia a todos.



ELI DOS REIS.