segunda-feira, 14 de março de 2011

NÃO FOI UMA NEM DUAS VÊZES.




Não foi uma nem duas vezes, foram várias as vezes em que me senti assim.
Diante de acontecimentos que causam stress a nós seres humanos, experimentei sentimentos também humanos: apreensão, revolta, desânimo ou preocupação em demasia. Afinal quem não fica assim? Ficamos mas não deveríamos.

O ensinamento é bastante claro, senão vejamos:

Ouvi-me, vós que conheceis a justiça, vós, povo, em cujo coração está a minha lei; não temais o opróbrio dos homens, nem vos turbeis pelas suas injúrias.
Isaías, 51, 07.

Conhecemos a justiça, é verdade, mas nas horas em que estamos aflitos, pronto agimos como se nada soubéssemos. Às vezes até, depois de passado o motivo da preocupação e tendo o caso sido resolvido, nos sentimos meio idiotas por termos ficado naquele estado de aflição, se sabíamos que Ele estaria cuidando do caso e tudo voltaria ao normal.

No recente episódio do furto de meu Passat, fiquei apreensivo, mas não deveria ter ficado.

Eu sei, não deveria, mas fiquei.

Se bem que desta vez, ainda que tenha ficado apreensivo e aflito, no meu interior estava em paz durante o período em que o veículo esteve nas mãos indevidas. Não sabia como seria o final da estória, se o encontraria depenado, se nunca mais o veria, mas estava em paz. Só pedindo a Deus em pensamento uma forma de substituí-lo e poder continuar em atividade nos afazeres diários.

Pela manhã os policiais que elaboraram o Boletim de Ocorrência, já tinham sido enfáticos quanto ao destino dele.
Pois bem, querem saber o final?

No início da noite da Quarta Feira, recebi um telefonema de outro policial informando ter sido encontrado um veículo com todas as características do que constava no BO do meu caso, me pedindo que me dirigisse à Delegacia do 2º. DP nos Campos Elíseos, na Praça Santo Antonio.
Depois de um tempo de espera, chega meu carro sendo dirigido pelo policial que foi até o local indicado por um telefonema dizendo ter sido abandonado ali um carro.

No ato da entrega o mesmo me disse:

- Senhor Eli, eu não sei o que aconteceu, mas além do fato de terem levado seu carro, parece que não fizeram nada com ele. Vá conferi-lo.

Fui, e constatei o que ele dissera. Não tinham feito nada além de quebrarem a fechadura do porta-malas para abri-lo em busca da chave de rodas, que foi largada sobre o banco do acompanhante dentro co carro.

Ele foi mais enfático:

- Não sei por que, mas este foi o primeiro carro de fatos idênticos ao seu que foi recapturado desse jeito: inteiro. Todos os que atendi até agora, pelo menos as rodas e os pneus foram tirados. Mas, na média de casos, nós somente recapturamos a lataria sem mais nada.

Eu disse ao agente da lei que sabia o motivo do carro estar assim:
Fui atendido em meus pedidos para que o pudesse encontrar em ordem.
Pedi, também, misericórdia aos elementos que fizeram isso, e que eles pudessem se convencer que o caminho que tomaram os afasta cada vez mais da justiça a que se refere o versículo que citei acima.

Durante o tempo em que eles estiveram com a posse do Passat, andaram mais de 60 quilômetros e o deixaram tremendamente imundo, sujo de barro por dentro e por fora, inclusive no porta malas e com o mesmo arrombado. Foi recapturado sem alguns poucos objetos que estavam em seu interior e sem o CRLV, o documento de porte obrigatório para poder trafegar. Só isso.

Por isso sempre digo que estou bem graças a Deus, de quem sempre recebo bem mais do que possa merecer.

Até a próxima postagem.


Eli dos Reis

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