quarta-feira, 9 de março de 2011

CARNAVAL INESQUECÍVEL...



Somente agora pela manhã nesta quarta feira, 09 de março de 2011, sete dias após meu aniversário, recebi meu grande presente, talvez o maior de todos:

Furtaram meu Passatão, nome carinhoso pelo qual aqui em casa chamávamos meu VW Passat 1.980, mantido na cor Cinza original, que já há vários tempos eu vinha cuidando e arrumando.


 

Eu o conheci durante o tempo em que residi na cidade de Jaú, cujo anterior dono era um amigo que lá ainda reside e que o manteve durante quase quinze anos até a data em que o comprei, trazendo-o aqui para Ribeirão Preto, o que fez de mim o terceiro ou o quarto dono, não tenho certeza.

Parece uma coisa pequena, sem importância, mas esse furto acaba de fazer o carnaval que para mim nunca serviu de nada, além de uns dias de descanso, passar a ser um
Carnaval Inesquecível...

Levaram meu amigão, que além do prazer de possuir um carro antigo, bem conservado, e que a todos se fazia notado, me dava o transporte a todos os pontos da cidade e região com constância, pois, o usava para trabalhar.

Para o policial que me atendeu nas providencias de praxe nos casos como esse, será usado para tirarem dele o que tiver de valor, as rodas de liga leve, os quatro pneus novos e mais alguma coisa de valor que, na visão dos que o levaram, sirva para ser usado na compra de coisas que os satisfaçam.

Você que está lendo este desabafo deve estar pensando na possibilidade de eu ter segurado ele. Minha resposta imediata: Não.

E não que não tivesse pensado nisso, é que o preço seria tão grande, talvez até mais caro que ele.
O mais desagradável desta estória toda, é saber que no momento, além da perda material, não terei condição de comprar outro para meus deslocamentos constantes a trabalho.

Ainda segundo o mesmo policial, talvez seja abandonado em algum canavial da nossa região, depois de o depenarem.
Triste fim para meu sonho de ter um carro antigo, original, bem cuidado...

Um feriadão que acaba ficando inesquecível por ter um sonho despedaçado jogado e abandonado no meio de uma plantação não se sabe onde.

Coisas deste um mundo que samba feito doido, aloprado, numa festa desordenada, tresloucada, para depois de uns dias dizerem que foi uma coisa incrível, inesquecível.

Muitos passaram uns dias andando pela avenida. Eu começo a andar agora.

É a vida...


Eli dos Reis

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