sábado, 24 de janeiro de 2015

REAPROXIMAÇÃO EUA - CUBA: BOM PARA O BRASIL?



A reaproximação dos EUA em relação a Cuba tem a dizer ao Brasil algumas coisas mais que a simples abertura de negociações e reatamento de relações.

Vejamos algumas considerações:

Cuba foi muito bem enquanto era sustentada, inclusive nos seus devaneios, pela União Soviética, e quando esta se estatelou, foi tutoreada pela Venezuela do lunático Chávez, em seus sonhos aloprados e ferrenhos embates de palavras contra o país seu inimigo: os EUA.

O mesmo país que agora reata com Cuba.

Na relação com a Venezuela, inicialmente com Chávez, o louco atacante dos americanos, com seu país suportado pela PDVSA, Cuba seguia relativamente bem. Já com o ex motorista de ônibus que se comunica com o espírito de Chávez por intermédio dos “pajaritos” a coisa degringolou.

Já a relação de dependência de Cuba com o Brasil nunca foi muito grande, mas nos últimos tempos a tendência era aumentar bastante.

E isso pode ser facilmente explicado, pois a equipe do Partido dos Trabalhadores que sustenta a idéia de um país influenciador na América Latina olhou com mais atenção os problemas Cubanos e imaginou tirar proveito desta ajuda.

Todos já vimos os diversos episódios ocorridos até agora na relação Brasil – Cuba.

Assim, nosso país, potencialmente forte e querendo aumentar a participação comercial com Cuba e aumentar sobremaneira a dependência dela para com o Brasil, por intermédio do PT, de LULA e de DILMA, saiu em busca de seus objetivos, usando para isso financiamentos do BNDES, com acordos nebulosos e secretos.

A coisa até foi bem, mas apenas até que os EUA, por intermédio da ação de Obama, chutaram o castelo de areia de LULA e DILMA.

Os EUA, com certeza, não estão reatando com CUBA apenas por serem bonzinhos e envolvidos de um espírito de ajuda e cooperação humanas exemplares.

Eles viram que as pretensões do Brasil de LULA poderiam crescer e vingar.

Crescendo muito os volumes financeiros negociados com o Brasil,  a distancia deles em relação a CUBA, aumentaria de forma desinteressante. Os volumes de negócios com o Brasil, incipientes no início, com certeza cresceriam muito no médio prazo e seria desinteressante para os americanos ficarem só assistindo a tudo isso.

Assim, Obama tomou a iniciativa da reaproximação.

Voltaria a ter relacionamento com a ilha de Fidel, em troca terá um mercado extremamente carente na mão e que voltará a ter cooperação americana, comprando seus produtos, buscando linhas de financiamento, terão uma ilha paradisíaca para acolher seus turistas, e por aí vai...

Os chefões cubanos simplesmente viraram-se todos para os EUA, esqueceram momentaneamente seus parceiros sul-americanos e só voltarão suas atenções a eles se as negociações com os norte-americanos desandarem, ou simplesmente, não andarem.

A equipe de DILMA esta vendo tudo isso e deve estar fuzilando de raiva e desapontamento.

Já para o nosso país, além de tudo o que estamos vendo a nível interno nestes vinte e três dias de novo governo, a coisa está começando a piorar sensivelmente a nível externo.

Vejamos: com a derrocada do preço do petróleo (o que é desinteressantissimo para a Petrobras), com a falta de credibilidade do nosso país (façanha de DILMA) em relação à nossa economia, e o afastamento dos países presentes em DAVOS, entre outras coisas, não nos sobrarão muita coisa além de um Evo Morales para conversarmos.

Parece que para o PT não vai sobrar muita gente lá fora para negociarem e poderem praticar suas formas corruptas de negociação.

Suas atenções devem, portanto, continuar sendo as empresas estatais, reféns de DILMA  e sua equipe achacadora.

Bom final de semana a todos.


ELI DOS REIS,
de Ribeirão Preto.



Sábado sem chuva, por enquanto.


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