sábado, 2 de fevereiro de 2013

A BANALIZAÇÃO DAS COISAS...




Segundo o Dicionário Informal (Dicionário inFormal (SP) em data de 29/Abril/2008), que pode ser visualizado no endereço http://www.dicionarioinformal.com.br/banalizar/
  • Banalizar é “transformar valores caros em algo comum e sem importância”.

Pois bem, é isso que temos assistido nos telejornais de todas as emissoras de televisão ultimamente. Não se respeita mais a importância dos assuntos e/ou das personagens, e assim notícias totalmente sem sentido e sem nada a ver com o interesse do dia-a-dia são enxertadas no meio de informação de importância, seja pelo seu valor político, econômico ou social, perecendo querer transformar tudo o que se assiste em algo ordinário e sem graça.

Estava assistindo a uma matéria sobre o incêndio de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, com a câmara passeando sobre os jovens deitados no chão e o cinegrafista procurando expor cada vez mais a tragédia da incompetência das prefeituras em fazer valer legislações de segurança e o repórter dando os números da desgraça alheia, quando a ancora do telejornal entra e diz:
  • E agora o carnaval...

Ato contínuo passa a mostrar mulheres quase sem roupa balançando seus traseiros para a câmara e uma música estúpida de carnaval enchendo nossos ouvidos. Intervalo e voltam com violência em São Paulo, como se só lá houvesse mortes diariamente, pois interessa fazer média com o governo federal. Entra a apresentadora que chama o futebol.

É assim, misturam desgraças, carnaval, mortes e matanças, futebol, e por aí vai...
Tudo num clima da mais completa vulgarização da notícia, banalizando tudo, em toda a programação.

Temos uma emissora que apresenta uma atração em que uma senhora de certa idade mais esticada que couro de instrumentos de percussão, precisa ser orientada por um papagaio manipulado por, acho, um ventríloquo que tem a atribuição de não deixá-la falar mais asneiras do que normalmente já fala, depois, uma equipe nonsense vem com a pretensão de falar de saúde e bem estar a um povão que vive de bolsas criadas pelo nosso ex-presidente não-vi-nada-não-sei-de-nada-só-sei-que-fui-apunhalado-pelas-costas, e que se assiste e cuida da saúde pelo SUS. Parece até que “tiram uma” da cara do telespectador brasileiro, que fiel, não muda de canal.
Aí, puxa vida!... Vem outro campeão de audiência, fazendo um encontro do inútil com o fútil despejando asneiras na já saturada capacidade de assimilar dos teleinfluenciáveis da nossa pátria amada.

Nossas televisões têm apenas como objetivo seus faturamentos milionários, fazendo o que for preciso para assimilarem audiência. Ficam eternamente em cima do muro, saindo dele apenas e quando lhes interessam ficar ao lado do governo para amealharem verbas de propaganda e publicidade dos cofres estatais supridos pelos eleitores ou para se defenderem de possíveis investidas políticas que podem cercear-lhes o direito de continuarem operando.

Pela audiência fazem de tudo, nem que seja ajudar os governos a manterem o povo cada vez mais idiotizado, cultura que é bom, nada!

Vou encerrar este comentário transcrevendo uma recente citação do governador do Alagoas, Ronaldo Lessa (PDT), no ato de ampliação da rede educativa de rádio de seu Estado:

“Um povo que tem acesso à cultura é um povo livre. Só através da cultura um povo pode garantir a sua cidadania e a sua liberdade. É por isso que nós estamos investindo na ampliação da Rádio Educativa. Já implantamos a TV Educativa em Arapiraca e o nosso objetivo é levar o sinal da televisão a todo o Estado, porque entendemos que só através da cultura o povo pode garantir os seus direitos mais elementares”.

Entretanto, não é isso que o governo do PT e seus asseclas querem. A eles a prioridade é, imitando os governos da antiga Roma, dar ao povo apenas “pão e circo”.


Bom dia a todos.



ELI DOS REIS.


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