quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

SANTA MARIA, MÃE DA TRAGÉDIA.




Mais uma vez estamos vendo um espetáculo desagradabilíssimo, logo após a tragédia nacional que tomou conta da pacata Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul.

Espetáculo de acusações, de tentativas de “se livrarem do problema” por parte dos responsáveis pela casa de shows, pelos que abrilhantavam a festa dos mais de mil jovens de diversas cidades que lá estavam para se divertir, explicações que “não colam” daqueles que eram responsáveis em não deixá-la operar devido às inúmeras irregularidades, e, enfim de todos aqueles cujas responsabilidades somadas, se tivessem feito o que era correto, os 235 jovens mortos, talvez não tivessem partido, ou se mortes houvesse, não seriam tantas.

No dia seguinte à tragédia, escrevi no meu Facebook:

SANTA MARIA - Começou: Se estavam vencidos o alvará de funcionamento, o do corpo de bombeiros, os extintores, se não tinha saídas de emergência, etc. etc... Porque deixavam funcionar? Quantos mais precisam morrer? Ah meu Brasil... até quando?

Palavras simples e frase curta, que exprimem a revolta e a chateação que o não cumprimento de leis e normas em nosso país, causam o que causou lá em Santa Maria.

Vejam: se não está conforme, por que funcionar?

Só funcionam porque, como sempre acontece, alguém autorizou.

Não tem outra explicação!

Alguém assinou uma autorização, seja em caráter precário ou de forma irresponsável, mas, assinou.

E autorizou.

Fez o que não devia ter feito. Sempre faz, sabe por quê? Porque acham que não vai acontecer uma fatalidade como a que ocorreu. E se acontecer “alguma coisinha”, se houver “algum probleminha”, dá-se uma desculpa esfarrapada, joga-se a culpa em um incauto “laranja”, e segue-se em frente.

Ninguém paga prejuízos, ninguém é responsabilizado e não se faz justiça.

Pronto. Só isso!

Ou não é assim? É só pensarmos em tudo em nosso país...

Ex-presidente tem a maior “cara lavada” de vir dizer a todos os brasileiros que não sabia de nada. Tem a estúpida cafajestice de se dizer “apunhalado pelas costas” de coisas que o país inteiro sabe estar totalmente envolvido. Na quadrilha comandada por ele, todos se dizem injustiçados, e por aí vai...

Não tem outra explicação: normalmente se diz que o exemplo vem de cima. Só que no caso do nosso país, o exemplo vem de cima, de um lado, do outro lado, ou seja, de todos os lados.

Precisamos urgentemente responsabilizar, prender, condenar e fazer valer as leis. Só isso!

Para que elas foram feitas?

Em país decente, se não se encontra os responsáveis pela tragédia, responsabiliza-se o prefeito.

Deve assumir as responsabilidades, prejuízos, danos e tudo o que a catástrofe causar.

Ora, em suma, não é ele o responsável-mor pela administração da cidade?

Se o senhor prefeito não quiser vir a ser responsabilizado, que faça cumprir as leis.

Se não as tiverem, envie projeto de lei à câmara municipal, e faça passar a ter.

O prefeito que faça seus secretários e auxiliares exigirem das autoridades e funcionários municipais o cumprimento das leis, normas e diretrizes que devem ser seguidas POR TODOS.
Em TODOS os níveis.

Deve exigir seriedade, responsabilidade e correição em todos os departamentos, em todas as entidades que o auxiliem na administração da cidade: polícia, bombeiros, hospitais, enfim, em todos os locais onde a população seja seu patrão.

O povo deve ser servido pelos órgãos responsáveis pelos serviços aos contribuintes/eleitores de forma eficiente e responsável.

E que não venham dizer o que sempre dizem quando se tem pela frente algo difícil de resolver, que a população também é responsável e deve colaborar.

Na verdade deve, mas no dia-a-dia normal de uma cidade, e não numa catástrofe que só ocorreu por incompetência ou corrupção dos elementos componentes da máquina administrativa comandada por ele, prefeito.

Se tivessem feito o que deviam, Santa Maria não teria se tornado a Mãe da Tragédia.

Que o Senhor Deus esteja confortando e dando alento aos familiares dos meninos que perderam a vida e àqueles que ainda estão sofrendo devido à incompetência das autoridades de uma cidade ordeira e trabalhadora.




Triste pelos que faleceram e pelos ainda internados,

Eli dos Reis


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