segunda-feira, 18 de março de 2013

Professor FERNANDO ANTÔNIO GELFUSO, esse é “o professor”...




Eu bem sei que um dos conceitos sobre a qualidade de um Blog é a capacidade de criação e originalidade de seu autor, e, quanto menos ele fizer uso de criações de terceiros, melhor será seu conceito.

Em algumas ocasiões tenho pedido licença aos meus leitores para incluir em meus textos alguma citação, ou mesmo, textos de outros autores por considerar que determinado assunto estava tão bem elaborado, que merecia ser reproduzido.

Em uma ocasião, fiz comentário de que o texto representava tão bem o que penso, que nada mais lógico do que reproduzi-lo, tecendo meus comentários adicionais.

Hoje, mais uma vez vou repetir a fórmula do parágrafo anterior. A matéria citada, qual seja, a entrevista do professor que a seguir qualifico, tem tudo do que penso com relação à atuação de professores em sala de aula.

Quando eu li a matéria, a primeira pessoa que me veio à mente, foi o meu amigo professor Júlio Cesar Lima, com quem converso muito sobre educação, ensino e posturas de professores frente aos alunos. Sei que ele vai gostar do que diz o professor Fernando Gelfuso.

Assim, faço uma...

...Reprodução de uma das perguntas formuladas pela jornalista Luíza Meirelles, ao Professor Fernando Antônio Gelfuso, publicada na seção “Entrevista” da revista Revide de Ribeirão Preto, em sua última edição, datada de 15 de março de 2013, e a respectiva resposta do professor:


”Luiza: O que falta para que a educação deslanche no Brasil?

Prof. Fernando: Falta muito. Eu peço licença para outros amigos professores que lerão isso, mas creio que falta o professor também assumir a responsabilidade por aquilo que ele faz. Não acho que temos que esperar decisões do Governo Federal, do Governo Estadual e do Município. Como eu nunca esperei que os patrões dos lugares onde trabalhei, em escola pública ou privada, dissessem o que eu deveria fazer dentro da sala de aula. Não acho que possa depender do que eles querem que eu faça. Se esperarmos alguém dizer o que deve ser feito, estaremos sempre ligados ao mundo mercadológico, ao bem-estar financeiro da empresa ou do Estado. Educação não é isso. Professor precisa trabalhar com a consciência de que está formando seres humanos, de que ele é agente de manutenção da civilização e da elaboração de um novo projeto de sociedade. Hoje, o professor tem que ter isso na cabeça, pois, competimos com a televisão e isso não é brincadeira. Se o aluno tiver que escolher entre ficar em casa vendo televisão ou ver o Gelfuso falar de múmia e História, vai escolher a televisão.”.


Viram só? Não é interessante notar que o que pensamos está refletido no pensamento de um eminente professor que milita na área há mais de 25 anos?

Claro que temos que pensar a educação para os próximos anos, como também é claro que os pais devem assumir suas responsabilidades em educar seus filhos antes de enviá-los à escola para que os professores os alfabetizem e os ensinem.

Está mais do que na hora dos pais eximirem-se destas, jogando os filhos mal-educados nos colos dos professores e cobrarem deles tudo, mas tudo mesmo, daquilo que deveriam ter feito em seus lares.

E ainda mais: Esses pais tem que interromper já com essa mania de correrem às diretorias das escolas querendo justificar aos superiores dos professores o fato de estarem prontos a agredirem os professores de seus filhos, por esses terem sido mais enérgicos na cobrança de posturas adequadas dos seus filhos que não educaram em casa no momento adequado.

Sem essa de pais “serem enérgicos” com professores, quando o deveriam ter sido com seus filhos!
Na hora e no local adequado: seus lares!



Boa semana a todos,


Eli dos Reis






ü  O professor Fernando Antônio Gelfuso é graduado em Farmácia e Bioquímica, Ciências Biológicas e Direito,
tendo feito as três faculdades em Ribeirão Preto,  na Barão de Mauá e na Unaerp. Já desenvolveu
várias atividades antes de dar aulas, ocupação em que atua há mais de 25 anos. 







2 comentários:

  1. Sr. Eli,

    Primeiramente não posso deixar de dizer que fiquei feliz com a lembrança em seu escrito e mais feliz ainda em saber que nossas conversas, mesmo que rápidas nos fazem pensar os problemas do dia a dia com outro olhar, outra perspectiva.
    O que o professor Gelfuso diz na entrevista é justamente o que penso sobre o papel dos docentes: precisamos sim assumir nossa parcela de responsabilidade quanto aos lamentáveis resultados da nossa educação.
    Quanto aos pais, seu comentário também é pertinente. Os pais ausentes se mostram presentes massacrando aqueles que procuram preencher a lacuna educacional deixada por eles, mesmo todos sabendo que a "educação vem do berço". Hoje mesmo presenciei uma desas lamentáveis cenas.
    Mas a gente chega lá.
    Abraços e que continuemos exercitando nossos olhares sobre os fatos do dia a dia.
    Júlio

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  2. Júlio, bom dia...
    Pensar o dia-a-dia e o futuro das nossas atividades, imagino, deve fazer parte daquilo que fazemos.
    Tudo começa quando dedicamos momentos de pensamentos àquilo em que estamos envolvidos.
    Victor Hugo, um dia, pensou e escreveu:
    "O futuro têm muitos nomes. Para os incapazes o inalcançável, para os medrosos o desconhecido, para os valentes a oportunidade."
    Abraço,

    Eli dos Reis

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