Interessante que, quando há tempos atrás, eu
comentava ou criticava a administração de Lula e as peripécias fraudulentas
dele e de seu partido, era taxado de defensor do PSDB (Coisa que nunca fui. Sou sim, contra corrupção em todo e
qualquer partido.) e enchiam minhas postagens de ataques a FHC, Serra, Aécio e
Alckmin, era rotulado de ultra-direitista (Que é isso?), de sem noção,
arrogante, de cuspir no prato em que comia (Não entendia porque), que precisava
revisar meus pensamentos e argumentos.
A tal ponto isso chegou que passei entender
que o Facebook se prestava apenas a
comentários insossos ou água com açúcar e para postagens de fotos de
auto-enaltecimento, normalmente fazendo biquinhos, ou para exibição desenfreada das vaidades e do
exibicionismo orgulhoso e desenfreado (A repetição foi intencional) de
cada um.
Agora aqueles mesmos que me criticavam, fazem
comentários e alegações que nada mais são que aquelas minhas lá daqueles
tempos, apenas atualizadas nas partes onde citam valores e cifras desviadas ou aquilo
que a corrupção consumiu. Fazem colocações duras contra o mesmo senhor a quem
defendiam com unhas e dentes lá naquela época. Enchem de citações de jornais,
especialistas e juristas, para destacar o enfoque sério de seus comentários e
suas acusações.
Aí fico pensando nesse tempo todo, desde
aquela época, o quanto deve ter sido desviado para só agora tomarem ciência de
que a corrupção foi sim a grande marca do Partido dos Trabalhadores.
Não que a corrupção seja coisa apenas do PT,
e isso eu nunca afirmei, mas que esse partido a institucionalizou e a levou a
todos os níveis. Desde o mais alto escalão do governo, desde o presidente de
uma empresa estatal até ao guarda noturno (Não tenho nada contra guardas
noturno) lá da nossa esquina, isso sim ele fez.
E com maestria.
Não sei se essa maestria foi tamanha que os
tenham feito mudar e alterar o discurso, passando a atacar seus antigos defendidos.
Caso tenha sido isso, começo a entender que talvez não seja um acaso. O ocaso
do chefão maior do PT está sendo tão brilhante (Se é que podemos ter um ocaso
brilhante) que ao chamar a atenção das pessoas, terminou mostrando suas mazelas e seus defeitos a tal
ponto que acabou exibindo a todos a malícia e o mau caráter do ex-presidente.
Antes tarde do que nunca.
Aí comecei a me perguntar: Mudei eu, ou
mudaram os que me lêm?
Está aí uma pergunta que ainda não sei
responder.
Eli dos Reis,
de Ribeirão Preto.
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