A reaproximação dos EUA em relação a Cuba tem a dizer ao
Brasil algumas coisas mais que a simples abertura de negociações e reatamento
de relações.
Vejamos algumas considerações:
Cuba foi muito bem enquanto era sustentada, inclusive nos
seus devaneios, pela União Soviética, e quando esta se estatelou, foi tutoreada
pela Venezuela do lunático Chávez, em seus sonhos aloprados e ferrenhos embates
de palavras contra o país seu inimigo: os EUA.
O mesmo país que agora reata com Cuba.
Na relação com a Venezuela, inicialmente com Chávez, o louco
atacante dos americanos, com seu país suportado pela PDVSA, Cuba seguia relativamente
bem. Já com o ex motorista de ônibus que se comunica com o espírito de Chávez
por intermédio dos “pajaritos” a coisa degringolou.
Já a relação de dependência de Cuba com o Brasil nunca foi
muito grande, mas nos últimos tempos a tendência era aumentar bastante.
E isso pode ser facilmente explicado, pois a equipe do
Partido dos Trabalhadores que sustenta a idéia de um país influenciador na
América Latina olhou com mais atenção os problemas Cubanos e imaginou tirar
proveito desta ajuda.
Todos já vimos os diversos episódios ocorridos até agora na
relação Brasil – Cuba.
Assim, nosso país, potencialmente forte e querendo aumentar
a participação comercial com Cuba e aumentar sobremaneira a dependência dela
para com o Brasil, por intermédio do PT, de LULA e de DILMA, saiu em busca de seus
objetivos, usando para isso financiamentos do BNDES, com acordos nebulosos e
secretos.
A coisa até foi bem, mas apenas até que os EUA, por
intermédio da ação de Obama, chutaram o castelo de areia de LULA e DILMA.
Os EUA, com certeza, não estão reatando com CUBA apenas por
serem bonzinhos e envolvidos de um espírito de ajuda e cooperação humanas
exemplares.
Eles viram que as pretensões do Brasil de LULA poderiam
crescer e vingar.
Crescendo muito os volumes financeiros negociados com o
Brasil, a distancia deles em relação a CUBA,
aumentaria de forma desinteressante. Os volumes de negócios com o Brasil,
incipientes no início, com certeza cresceriam muito no médio prazo e seria
desinteressante para os americanos ficarem só assistindo a tudo isso.
Assim, Obama tomou a iniciativa da reaproximação.
Voltaria a ter relacionamento com a ilha de Fidel, em troca
terá um mercado extremamente carente na mão e que voltará a ter cooperação
americana, comprando seus produtos, buscando linhas de financiamento, terão uma
ilha paradisíaca para acolher seus turistas, e por aí vai...
Os chefões cubanos simplesmente viraram-se todos para os
EUA, esqueceram momentaneamente seus parceiros sul-americanos e só voltarão
suas atenções a eles se as negociações com os norte-americanos desandarem, ou simplesmente,
não andarem.
A equipe de DILMA esta vendo tudo isso e deve estar
fuzilando de raiva e desapontamento.
Já para o nosso país, além de tudo o que estamos vendo a
nível interno nestes vinte e três dias de novo governo, a coisa está começando
a piorar sensivelmente a nível externo.
Vejamos: com a derrocada do preço do petróleo (o que é
desinteressantissimo para a Petrobras), com a falta de credibilidade do nosso
país (façanha de DILMA) em relação à nossa economia, e o afastamento dos países
presentes em DAVOS, entre outras coisas, não nos sobrarão muita coisa além de
um Evo Morales para conversarmos.
Parece que para o PT não vai sobrar muita gente lá fora para
negociarem e poderem praticar suas formas corruptas de negociação.
Suas atenções devem, portanto, continuar sendo as empresas
estatais, reféns de DILMA e sua equipe
achacadora.
Bom final de semana a todos.
ELI DOS REIS,
de Ribeirão Preto.
Sábado sem chuva, por enquanto.
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