Eu, às vezes, fico pensando
comigo mesmo sobre o que reservará o mundo àqueles que virão depois de mim. Que
será das novas gerações? Disseminou-se no mundo o pensamento da Globalização.
-Hoje o mundo está Globalizado!
Dizem todos numa alusão de que
ser “global” é o que é ser plugado com as coisas atuais.
-Globalização é da hora, mano!
É o comentário até nos bairros
mais simples, onde a maioria é de trabalhadores, uma grande parte, e de
desocupados, outra parte. E todos normal, habitual e ferrenhamente contumazes
consumidores das redes de televisão cuja missão parece ser a de fazer seus
telespectadores deixar de pensar e refletir, dando-lhes a papinha morninha de
alimentos novelísticos, do jeitinho que eles gostam.
Assim em todos os fabricantes
corre solta a idéia de que seus produtos globalizados, sendo os melhores, inviabilizam
a produção nacional. As poucas indústrias locais de peso que os países tinham
quebraram ou foram assumidas pelos concorrentes globais e deixaram de ser
nacionais.
-Globalização é da hora, mano!
O pensamento desta forma
disseminado faz com que todos os jovens deixem de ter aspirações maiores, de
crescimento, de empreendedorismo, a vontade de fazer algo grande, ou seja,
aqueles sentimentos que fizeram em tempos passados, com que muitos
empreendessem e criassem empreendimentos industriais e comerciais, ou produtos,
ou serviços que cresceram e se tornaram grandes ícones em seus países, saindo
até pelos países fronteiriços e até espalharam-se pelo mundo.
-Globalização é da hora, mano!
Ninguém tem mais objetivos
grandes, os jovens vivem uma crise de desencanto, pois tudo que é bom é
globalizado e já está sendo feito por uma transnacional super poderosa.
É só pensarmos que hoje em dia os
jovens que estão fazendo algo estão muito ligados à informática, internet e TI,
e obtemos a explicação de que aqueles que assim fazem, só o fazem porque estão
compenetrados, às vezes fechados em ambientes quase solitários, ou com poucos
que pensam similarmente, quase que desligados do mundo que pensa da forma que
disse acima. Esses são os que fazem as Startups e que fascinam os investidores
que, se a idéia daquele jovem for boa, investem nelas ou as compram e as
transformam em empresas globalizadas. E o que venho dizendo recomeça.
-Globalização é da hora, mano!
Até as igrejas, hoje, exceto a
católica e as evangélicas tradicionais, que sempre foram transnacionais, estão tornando-se globalizadas. Instituições que
nasceram no Brasil, assumindo a necessidade de serem globalizadas, estão se
espalhando pela América Latina, Europa, África, e onde mais houver
possibilidade de arrecadações à custa de esperanças dos fiéis.
Se continuarmos pensando nesse
assunto, chegamos à conclusão de que até a política quer ser globalizada.
Querem ver? Todos sabemos que
vivemos durante grande tempo com o domínio mundial dividido entre os Estados
Unidos e a União Soviética, ou entre o capitalismo e o socialismo. Nossa
América Latina totalmente dominada pelos americanos, mas sofrendo tentativas e
quebra daquela influencia pelos soviéticos via Cuba. Hoje esse bi-domínio não é
tão aparente, mas continuamos sob seus efeitos.
Na nossa América Latina temos um
grande exemplo desse interesse de “globalização” na política. Desde os tempos
de Lula candidato a preocupação de Cuba é essa.
Cuba já detém ampla influencia e
dominação na Venezuela e que fazer isso também no Brasil. Sobre isso vi uma
matéria recente de Aluizio Amorim em seu blog, acessado em 27/10/2013, no endereço
http://aluizioamorim.blogspot.com.br/2013/10/revelacoes-de-um-velho-guerrilheiro.html,
cujo trecho reproduzo:
Nos tempos atuais os guerrilheiros são
assépticos, vestem jalecos brancos e não matam. Salvam os corpos mas expropriam
os cérebros de suas vítimas. Cumprem ainda a missão de “desinformar”, o novo
jogo diabólico do comunismo embalado pelo atraente invólucro do pensamento
politicamente correto que tem seu principal emblema na aparente bonomia do
nefasto programa Mais Médicos, do governo do PT.
A leitura da matéria completa
dará uma idéia mais ampla desse interesse de globalização da política na
América Latina.
-Globalização é da hora, mano!
O que estamos vendo agora nada
mais é que as influencias dos poderes econômicos, políticos ou religiosos
daqueles que os detém em cima dos povos “dominados” no objetivo único de não
adotarem posturas de mudança ou de contestação ao que eles querem fazer em seus
interesses dominantes.
Então seguimos vendo nossos
jovens serem desestimulados a sonhar, a querer crescer, a se tornarem parte
integrante de algo grande que seja fruto de seu envolvimento e trabalho na
busca de novos horizontes.
Estão roubando os sonhos dos
jovens no Brasil, na América Latina, e quem sabe, no resto do mundo.
-Globalização é da hora, mano!
Eli dos Reis,
de Ribeirão Preto.
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