sábado, 27 de outubro de 2012

Inspirado por Guilherme Fiuza...




Estamos a um dia do segundo turno das eleições. Amanhã diversas cidades irão às urnas para decidir seu futuro e entregar sua administração a um candidato e seu partido (ou partidos, devido às coligações nem sempre adequadas). Em São Paulo e em Ribeirão Preto temos assistido dois candidatos sofríveis com elevados índices de aprovação pela população e tudo indica que serão eleitos, uma pena.

Uma pena porque, muito mais que elegerem duas pessoas que não mereciam ser eleitas, estarão dando salvo conduto a uma equipe que está sendo condenada pelo STF por fazerem parte do maior esquema de corrupção que se tem conhecimento na história do nosso país.
O ex-presidente Lula, cabeça de todos os mensaleiros e chefe máximo desta forma absurda de agir, está se sentindo o todo-poderoso e certo que sua impunidade nunca será abalada. 

Lembremos que recentemente declarou, em sua última visita à Argentina, que já foi absolvido pelas urnas, tal a sua certeza de que representa o que o povo quer.

Assim ele, que já nos mostrou não ter escrúpulos, adota as mais absurdas posições, pratica acordos com políticos a quem nutria inimizade ímpar, aceita negociatas e conchavos que não passariam pela mais tênue análise da ética e correição. Adotou a roubalheira generalizada, que é toda ela sustentada pelos desvios de dinheiro público que em última instância, é tirado do bolso dos brasileiros que pagam impostos, eu no meio deles.

Outro dia no twitter fui questionado por um integrante porque era contra o PT e os políticos daquele partido?

Não sou contra o PT, sou contra o modo de agir do PT.

E isso também acho com relação a todos os partidos. Todos tem que agir de forma correta, honesta e dentro da legislação. O que não for assim deve ser corrigido, punido ou eliminado. Só isso.
Aliás, o PT, se levada a sério a legislação pertinente, pela lei, por tudo que houve no mensalão e suas condenações, deverá ser extinto.

Não sou contra os políticos do PT. Sou contra a roubalheira que é praticada por grande parte dos figurões do PT.

Não sou contra o ex-presidente. Sou contra um homem, que se dizendo “tabalhadô” e chamando a todos de “cumpanhêro”, se apoiando em pesquisas que sempre o colocaram em elevados índices de aceitação, se julga dono das chaves dos cofres públicos da nação e quer se perpetuar na administração da máquina pública nacional.
Quer que a grande dos brasileiros que não nutrem simpatia e admiração ao seu partido o engulam, e a seu partido.

Ainda bem que temos componentes do STF, nem todos porque dois são “vendidos” ao PT, que com base em profundos sentimentos de correição e brasilidade, deram um basta no esquema mensaleiro, condenando o Sr. Dirceu e sua gang.

Mas parece que o povo não vê isso, satisfaz-se em ter crédito (porque o governo PT não melhorou sua renda, para grande parte deles, melhorou apenas suas linhas de crédito) para poder comprar suas TV’s último tipo e assistir suas novelas e baixarias da maior emissora nacional, e no dia da eleição, que é obrigatória num país que se diz livre e democrático, vota no PT e nos seus mensaleiros.

Pátria amada, salve, salve!


Eli dos Reis,

de Ribeirão Preto
(Terra de petistas ilustres, um deles expulso de altos cargos mais de uma vez).


A SEGUIR REPRODUZO TEXTO DO JORNALISTA GUILHERME FIUZA, QUE ME INSPIROU NESTA MANHÃ:



POLÍTICA

Os mensaleiros venceram, por Guilherme Fiuza

Guilherme Fiuza, O Globo

O Brasil continua assistindo ao julgamento do mensalão como um filme de época. O STF está prestes a dar as sentenças, e o público aplaude a virada dessa página infeliz da nossa história, quando a pátria dormia tão distraída etc. O problema é que a pátria continua dormindo profundamente.
José Dirceu, o grande vilão, o homem que vai em cana condenado pelo juiz negro, nesse duelo que faz os brasileiros babarem de orgulho, não é um personagem do passado. Está, hoje mesmo, regendo o PT no segundo turno das eleições municipais. Ainda é a principal cabeça do partido que governa o país.
E o eleitorado não está nem aí. A campanha de Fernando Haddad em São Paulo é quase uma brincadeira com o Brasil. Um candidato inventado por essa cúpula petista que só pensa naquilo (se pendurar no poder estatal) consegue uma liderança esmagadora no segundo turno.
O projeto parasitário de Dirceu, que tem Lula como padrinho e Dilma como afilhada, pelo visto não vai sofrer um arranhão com a condenação no Supremo. O eleitor não liga o nome à pessoa.
Fernando Haddad foi um sujeito inexpressivo de boa aparência colocado no Ministério da Educação para fazer política. Sua candidatura é a menina dos olhos de Lula, mais um plano esperto dessa turma que descobriu que pode viver de palanque sem trabalhar.
O fenômeno Haddad conseguiu bagunçar a vida dos vestibulandos por três anos seguidos, com erros primários no Enem, típicos de inépcia e vagabundagem. Se fosse no Japão, o então ministro teria se declarado humilhado e se retirado da vida pública. No Brasil, vira um “quadro” forte da política.
Haddad fez com a pobre educação brasileira o que o PT sempre faz no poder: marketing do oprimido. Defendeu livros didáticos com erros de português, tentou bajular os gays com cartilhas estúpidas, fez demagogia progressista com o sistema de cotas. Enquanto os estudantes se esfolavam no Enem, ele estava nos comícios de Dilma para presidente.
Tudo conforme a lógica mensaleira da agremiação que governa o Brasil há dez anos: usar os mandatos para garimpar votos e arrecadar fundos (para pagar os Dudas lá fora, o que o Supremo já disse que está OK).
O ex-ministro Haddad é filho dos mentores do mensalão, assim como os ministros do STF Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli. Nunca se viu espetáculo tão patético na esfera superior do Estado: dois supostos juízes usando crachá partidário e obedecendo às ordens do principal réu. Contando, ninguém acredita.
Esse sistema desinibido de prostituição da democracia vai de vento em popa, porque a pátria-mãe tão distraída resolveu acreditar que a vida melhorou porque Lula é (era) pobre e porque Dilma é mulher.
O Brasil não faz mais questão de nada: nem a entrega do “planejamento” da infra estrutura à quadrilha Delta-Cachoeira comoveu os brasileiros.
O prefeito Eduardo Paes disse que o Brasil está jogando fora a chance de se organizar, e o ministro dos Esportes ficou zangado. A turma do maquinário detesta quando alguém lembra que eles não trabalham.
O ministro Aldo Rebelo é companheiro de partido do seu antecessor, o inesquecível Orlando Silva, rei das ONG's. Nas mãos do PCdoB, o Ministério dos Esportes estava aproveitando a Copa do Mundo no Brasil para montar seu pé-de-meia companheiro — o que é absolutamente normal, dentro da ética mensaleira.
Aí surgem as manchetes intrometidas e Dilma tem que encenar a faxina, a contragosto, cobrindo de elogios o companheiro decapitado e entregando a boca para um colega de partido.
Assim é em todo o primeiro escalão do governo, mas eles ficam muito chateados se alguém lembra que esse esquema malandro não serve para organizar o país para uma Copa, para uma Olimpíada ou para um futuro decente.
Enquanto a pátria continuar dormindo e sonhando com o heroísmo de Joaquim Barbosa, a república mensaleira seguirá em frente. Ninguém deu a menor bola para o escândalo denunciado pelo ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence.
Dilma Rousseff aproveitou o espetáculo no Supremo e cortou a cabeça dos dois conselheiros “desobedientes” da Comissão de Ética da Presidência. Marília Muricy e Fábio Coutinho ousaram reprovar a conduta dos ministros companheiros Carlos Lupi e Fernando Pimentel.
A presidente teve que demitir Lupi, que transformara o Ministério do Trabalho numa ação entre amigos do PDT — partido que o demitido continua comandando, em apoio ao governo popular.
Mas Pimentel, com suas milionárias consultorias fantasmas, vendidas graças aos seus belos olhos de amigo da presidente, continua vivendo de favor no Ministério do Desenvolvimento.
Um dia já houve a expectativa de que Marcos Valério, uma vez apanhado, abriria o bico. Hoje o bico de Valério não vale mais um centavo. O golpe já foi revelado, e a real academia mensaleira continua comandando a política brasileira. Testada e aprovada pelo povo.


A campanha de Fernando Haddad em São Paulo é quase uma brincadeira com o Brasil.

Publicado em: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?cod_post=472342&ch=n
Foto:  www.twitter.com
Acessado em 27/10/2012 13h37m


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