Neste dia de saudades minha irmã me motivou a escrever um
pouquinho sobre minha mãe.
É, parece meio esquisito, gente com a minha idade ficar
aqui todo sentimental, pensando na mãe que se foi, mas, lendo um post da mana
no seu perfil no Facebook, quando escreveu:
“ Esse é o mês de aniversário da morte da minha mãe. E é
até incoerente dizer aniversário de morte, enfim. É seis anos sem a sua
presença, sem vê-la, sem ouvir o seu cantar de hinos, sem sentir o seu
cheirinho gostoso de Alma de Flores quando saia do banho, sem pentear o seu
cabelo, sem comer o seu pãozinho caseiro, sem ter sua fiel companhia nas voltas
no centrinho de Jaguariúna, das nossas comprinhas na loja de aviamentos, sem o
calor do seu abraço, sem as suas orações. Puxa! Que saudades!! Queria te ver um
pouquinho só, mas deve estar ocupada ai no céu. Só queria dizer mais uma vez
que te amo, e que te amarei até o ultimo segundo da minha vida, e depois...
Minha companheira fiel! Mãe te amo! "
Aí um sentimento forte de saudades me encheu a cabeça,
sua lembrança tomou conta, e, pensando, escrevi:
“ É, saudades da Minda (era assim como a chamávamos,
na intimidade, nossa mãe que tinha um nome diferente: Orminda).
Quando sentimos saudades de alguém especial,
ficamos com aquele sentimento de alegria gostosa misturada com a tristeza
incômoda, que, a primeira nos dá alento, a segunda nos dá angústia.
Lembrar dela é bom. Eu, como ficava longe
dela no dia-a-dia, e viajava para poder vê-la, fico aqui sentindo como se ela
estivesse por aí e a veria na próxima viagem. Mas, quem fez uma viagem antes
foi ela, e nos deixou aqui sozinhos, meio desorientados, querendo sua presença física,
que nunca mais teremos.
Que nos contentemos com a lembrança, e que
eu fique por aqui com a esperança de que ela está lá em Jaguariúna, ou lá em
São Paulo na casa da Elda (minha irmã, que nasceu dois anos depois de mim), aonde
ela ia de vez em quando, imaginando que a verei quando sair a viajar.
Aí de repente, encerro no pensamento, esta
viagem caindo em mim e voltando à lucidez de saber que ela se foi... "
Eli dos Reis,
de Ribeirão Preto.
Muito bonito o que escreveu!
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